terça-feira, 4 de janeiro de 2011

DISTINTOS SERES

Existem temas aos quais sou discípula há anos, e se por vezes são entendidos como clichês, não é mera coincidência, é proposital. Um deles é a peculiaridade de cada ser.
Qualquer tema abordado pode ser reflexivo ou popular desde que desperte não apenas a especulação, mas acima de tudo seja algo cativante e menos persuasivo. Idéias são fontes de curiosidade e devem ser elaboradas como possibilidades e não como certezas. As pessoas só são convencidas através de nossas idéias com a exposição clara e simples, mas que estas venham de encontro aos anseios da complexidade, do paradoxo no sentido do que é ‘o viver’ com todas suas peripécias, desencantos e louvores, onde cada um sabe exatamente de suas dores, seus medos, anseios, dilemas aos quais lhes convém, se estes são edificantes ou não, se acrescentam algum aprendizado gradativo e eterno para que absorvemos ou se os mesmos nos angustiam, nos chocam ou nos fazem sofrer, e pior, nos arrepender. Não importa a posição de outrem, mas sim aquilo que traz um alento para nossas dúvidas corriqueiras para quem muito pensa a vida como um todo, não como individualidade, independente dos conceitos dos que vivem a nossa volta. Isso é o correto! Não devemos passar por aqui como coadjuvantes do que querem ou esperam que possamos ser, fazer ou crer; antes devemos atender primordialmente nossos desejos mais básicos, mesmo que para muitos sejam imprudentes ou inconseqüentes. Mas será que temos realmente essa ousadia?
Chamar a atenção para aquilo que nos perturba ou incomoda pode ser um tanto quanto desagradável. O ser humano tem se assemelhado a máquinas, se robotizaram e se acham auto suficientes e donos de si; se esquecem que somos seres do meio, e assim sendo necessitamos de tudo e de todos. Desconhecem que não temos o poder de tudo e não somos nada sozinhos. Teem dizimado valores cruciais, que pela vaidade, síndrome da perfeição ou ‘super-eficiência’ descartam simples e facilmente todo e qualquer obstáculo, o quê e quem lhes são contrários às suas crenças, tradições ou naquilo que acreditam e valorizam.
A massificação de dilemas ou polêmicas por todos vividas, por mais triviais que sejam, é um indício inteligente para explanar idéias. Existem situações e temas que instigam um raciocínio dialético e especulativo, que se espera no mínimo uma forma empolgante e sem pretensões, meios estes que instigam um pensamento mais profundo e altruísta para se formar uma opinião menos egocêntrica, não focada apenas em ‘nossas próprias verdades’ .
Aprofundar ou não em uma investigação é livre, partindo de princípios básicos do que abrange a essência de cada ser. Muitas das respostas são complicadas de se entender e amargas para se aceitar, mas todas interrogações são suposições de cunho duvidoso e peculiar que envolve a experiência de vida, fatos na vida de cada um distintamente, diferentes, e no entanto marcantes em especial por cada pessoa que os tenha vivido. A minha pergunta é: sozinhos em nossa humilde idéia de tentar melhorar algo na vida dos outros, podemos mudar alguma situação para melhor, ou para que esta fique mais confortável?
Não tenho a pretensão de ser a dona da verdade, de dar a palavra final a respeito de nada. Mas o meio termo me faz mais uma interrogação, me aguça os sentidos para mais perguntas das quais já conheço as respostas convenientes e afirmações cômodas e covardes. Verdadeiramente gostaria muito de compreender, ter uma análise exata dos comportamentos e motivações, do que realmente move essa mágica do viver em comunhão, dos relacionamentos interpessoais, geralmente conflituosos, mas acima de tudo isso gostaria de ter estrutura e ser capaz de contribuir de alguma forma para que os seres se entendessem mais, se tolerassem mais, se colocassem sempre no lugar do outro, quem sabe conseguiriam até fazer alguns retoques finais. Mas sou humana e sei que o mundo e todos aqueles aos quais gostaria que tivessem bases reais e solucionáveis, vivem sem minha interferência. A única coisa que posso fazer é ouvir, ousar sugerir, nunca sem antes me lembrar de respeitar as escolhas que cada um faz para sua própria vida, ciente que apenas minha presença em alguns momentos ímpares pode fazer total diferença. Afortunados e resolvidos não necessitam de simples toques, dizeres utópicos e até mesmo infantis. De uma coisa tenho certeza, os infortúnios ou desalentos vividos singularmente por cada um de nós são situações efêmeras e desprovidas de razão, e nessas horas se pudermos dar um pouquinho que seja de nossa atenção, quem sabe alguma palavra que justamente alguém necessita ouvir ou ler naquele momento, isso pode mudar muita coisa, talvez pouca coisa, não importa. O que vale é que tentei. Ao final, o que verdadeiramente sou passo fielmente àqueles que amo e que me são importantes, aqueles que por bênção divina os encontrei por aqui nesse mundo virtual e me passam uma energia positiva, algo que não compreendo mas tenho a sensação de conhecê-los há anos, pessoas as quais aprendi a amar; e também aqueles que nem ao menos conheço direito ou mesmo cruzei por acaso seus caminhos, mas sinto essa necessidade de estar sempre tentando passar o que tenho aprendido e ao mesmo tempo aprender com estes que tanto me fazem feliz! É... Acho que não posso desabafar minhas aflições sem antes ir ao ‘toylet´; definitivamente essa é minha natureza e se há tantos anos convivo com ela, dificilmente sofrerá alguma metamorfose agora! Então... Absorvam o que eu escrever ou disser que se aproveite, aquilo que seja bom e bálsamo para seus olhos e ouvidos.... Esqueçam minhas angústias e decepções! É... Eu também as tenho! Você não???
By: Cris

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