quarta-feira, 23 de março de 2011

SER FELIZ É O QUE INTERESSA

Um dia a gente descobre que a felicidade é um jogo simples e sem regras fixas pré-moldadas e determinadas, um jogo sem tempo cronometrado onde não existe o determinismo do começar ou terminar; do momento oportuno ou não. Só depende que sejamos um pouquinho menos masoquistas e orgulhosos, menos introvertidos; mais abertos e audazes; perseverantes, corajosos; mais compreensivos, francos e autênticos naquilo que queremos ou esperamos dos outros.
Um dia também a gente compreende que ela se encontra nos mais simples e mínimos acontecimentos. Estes eternos em nossa memória, e essa lembrança boa é o termômetro que nos dá a dimensão dessa importância a qual não demos o devido valor em sua fase. Não se arrepender do que se tenha feito. Certo ou errado? Não sei... Eis a questão! Mas quem disse que nunca fez nada errado mente muito feio!
Tudo que se faz por amor, prazer ou satisfação faz parte da tentativa de colher frutos dessa felicidade. Todos nós a almejamos. Ela geralmente mora do nosso lado e não a percebemos. Tê-la é viver intensamente, gritar ao mundo e ter a liberdade pra dizer e fazer o que se tem vontade sem barreiras, sem limites; mas sempre com muita consciência e responsabilidade para o que possamos colher ou fazer para nossas vidas e para a vida dos que fazem parte dela. Obstáculos e derrotas? Sempre existirão e por que não encará-los de frente e refazer o que não deu certo?
Sempre depois de uma tarde tempestuosa surgirá no dia seguinte um lindo amanhecer iluminado pelo brilho do sol, e com certeza as vitórias e conquistas também virão irradiadas por esta luz. Com nossas desilusões aprendemos e enriquecemos muito, adquirimos experiência e ficamos mais fortalecidos para a vida; consequentemente a maturidade agradece. Devemos ter em mente que a vida nos joga em labirintos, mas a saída dele convém a nós descobrirmos e usarmos das melhores e mais inteligentes estratégias para encontrá-la, não nos esquecendo nunca de que cada trajetória traçada e vivida em cada caminho até a porta de saída, pode nos tornar vitoriosos e felizes ou fracassados e frustrados. Errar faz parte da vida; persistir no erro é burrice! Mas como sou contestadora, tenho certeza que sempre há uma nova chance para cada deslize; para cada situação se os compreender e se realmente quisermos reconhecer nossos erros; não para os outros, mas para nosso ‘eu oculto’, cientes que somos donos de nossa história. Ninguém vai fazer aquilo que compete a nós transformar, e assim, nós determinamos se queremos buscar a vida que queremos ter, ou pisar em ovos em todo tempo, fazendo interpretações distorcidas e bloqueando oportunidades.Tudo que nos acontece devemos encarar como provas, e em cada uma delas devemos tirar proveito, absorver o aprendizado bom e genuíno e descartar as tristezas e decepções; ou melhor, fazer destas, escadas para uma evolução que possa formar opinião de muitos e para que não nos embrenhemos em amarguras. Não devemos ter medo de expressar nossos sentimentos, de errar. Ser feliz é arriscar, sofrer, tentar, e acima de tudo ter a convicção que se erramos simples e naturalmente é na tentativa de acertar, e se ficou errado, sempre podemos voltar atrás e fazer direito, evitando e anulando o que não se pode consertar. Viver feliz é não se deixar perder no emaranhado que é a vida e todas as situações que ela nos oferece; eternizar as boas, apagar as ruins... É confiar em um Ser Superior que sempre está ao nosso lado nos mostrando e instruindo o caminho certo a percorrer.
Ser feliz é doar-se, é receber... É dar e se dar uma nova chance, uma nova tentativa... É acreditar, é renovar esperanças, é ter a certeza que cada dia que nasce é a seqüência de muitos que irão nos trazer valorosos aprendizados... É imaginar que cada um deles será melhor que os já vividos. O hoje é melhor que o ontem e simultaneamente pior que o amanhã; pois ele será repleto de luzes e de fluidos positivos, dele depende nosso amanhã.
Ser feliz é sonhar, é acreditar, é viver acima de tudo!
By Cris

segunda-feira, 21 de março de 2011

VIDA...

Difícil o poema da vida, a arte de viver... Procuramos coisas certas em lugares errados e rotineiramente erramos quando acreditamos estar fazendo o certo. No entanto, eminentemente o que não muda é a esperança de que em determinado momento seremos ouvidos, compreendidos e nosso básico e simples censo de justiça, nossa velha mania de tentar driblar as espertezas e astúcias ocultas - estas que nos surpreendem sempre em tapinhas com luvas de pelica, falsas, mansas e ludibriantes retóricas; discursos convincentes, como se estes também não fossem rotinas – e nossa falta de malícia nos envolve mais uma vez, nos dá munição para crer que ainda há algo que possa ser feito, falado, transformado, e convenhamos, mudanças são sempre bem vindas quando são verdadeiras, quando teem o intuito de acrescentar, de edificar. Sabe aquela coisa de querer chacoalhar alguém para que saia do efeito lunático, para que deixe sequer por um instante o mundo que escolheu criar à sua maneira, sem se importar em prejudicar ou passar por cima de quem quer que seja e alheio a todas atitudes próprias em benefício de seu único prazer e benefício? Pessoas que necessitam de um choque para absorver o que vale nessa vida; pessoas carentes por aprender urgentemente o significado do que seja doação, servidão, amor ao próximo? Enfim mostrar que podemos sim fazer diferença nesse mundo tão cruel e já tão cheio de maldade e injustiças. O amor assim como todo sentimento humano é antes de tudo uma escolha. Muitas vezes nós mesmos somos os responsáveis por tanta coisa errada, tanto egoísmo. Tentamos agir com boa fé, intenção pura e então chegamos acreditar que uma aura de altruísmo tenha atingido a dureza de determinados corações. Seres que desconhecem o potencial que existe dentro de cada um de nós, deles próprios e dos que os rodeiam; mas sem alma e movidos pelo exacerbado gostinho do poder, do se dar bem , preferem passar por cima da razão, desfalcar seres desprovidos de tudo, seres aos quais devíamos antes auxiliar; pessoas com míseros dotes vitoriosos, inferiores de oportunidades, tanto pessoal como financeiro; pessoas que abdicaram de seus conhecimentos por mera circunstância do destino associados à total ignorância que provém dos ‘pobres de espírito’, portanto merecedores de muito além do que estes ‘abutres’ teem e ainda querem tirar o mínimo que conseguiram; e pior, tudo a favor tão somente daquilo que lhe traga bem estar, status e comodidade. Valores banais para satisfazer egos doentes e insaciáveis. Os seres humanos se esquecem que devem ter cautela para o alimento que dão para seu espírito, que devem ter cuidados para com os frutos que semeiam. Vemos atitudes arbitrárias, desumanas e desleais a todo tempo, em todo lugar... Duro é ter que calar, fingir que não vê, que não se entende e nada se escuta; até por que falar sobre esses pobres soldadinhos obedientes e subordinados a seus generais corruptos, só trará retaliações para nossa própria vida, até mesmo nossa família quando nos colocamos a favor dessas pessoas humildes, sem argumentos e condições de entender certas atrocidades e injustiças para com suas vidas; e estes sem meios para se esquivarem ou consciência para lutarem, se colocam como gados em direção ao matadouro. É abominável, cruel e revoltante! Arg! Até quando conseguiremos nos calar? O desejo de mutações é enorme, mas as condições são inviáveis e o preço pode ser muito caro, levando em conta que temos seres à zelar! Ainda assim continuarei sutilmente tentando. E eu creio piamente nessa antiga máxima: “O BEM sempre vencerá O MAL!” OXALÁ! Que assim seja!
By Cris

quarta-feira, 16 de março de 2011

Palavras: escritas ou faladas?

O termo em si já define a ‘possibilidade’ de dois meios, agora resta-nos aprofundar no impacto que podem ou não causar, da falta de expressão que as mesmas traduzem no momento único, singular onde apenas seu criador pode garantir a dinâmica, ou a falta dela, para que os códigos possam ser transmitidos e compreendidos tal qual a síntese da linguagem léxica ou não denuncia. Realmente as palavras são mágicas e quando se unem, tem o poder de trair até mesmo os donos de sua criação coletiva. Os antigos romanos diziam no arcaico latim "scripta manent, verba volant'' referindo-se à superioridade da palavra escrita sobre a falada, mas nunca questionaram o poder da palavra em si. E nem poderiam... Apesar de ter certeza que essa teoria dessa superioridade procede, independente de nossas vontades ou intenções, elas vão mais longe do que nossa pobre imaginação possa esperar alcançar, e muitas vezes como um famoso escritor enfatiza: ‘chegam como punhais’, embora na maioria das vezes fujam totalmente daquilo que é nosso intuito e no que o outro interpretará ao recebê-las. Na Bíblia, no livro de João I, lemos que: ''...no início era o verbo''... novamente a palavra. Mágica, divina, inquestionável e poderosa; tanto para edificar quanto para CONFUNDIR, envenenar ou sublimar... Pois bem, ai depende do contexto existencial de cada um; dos ouvidos que as escutam ou dos olhos que passeiam sobre elas, ou mesmo do momento vivido por cada ser que insidiosamente arrisca sobre ela. Então seu poder evade pelo doce ou amargo dos sentimentos de quem as lê ou recebe. Meigas, conflituosas, consoladoras, poderosas. Se tentássemos refazer nossos minúsculos princípios, ou mesmo aquilo que involuntariamente emitimos ou supomos a respeito do objetivo das pessoas que as elabora ou desabafam suas revoltas, vivências ou idealizações daquilo que acreditam e são seus valores; se deixássemos de ter nossas ‘próprias hipóteses, suposições’ sobre pessoas que mal ou nada conhecemos, do pressuposto que fazemos destes e das palavras em seus inúmeros códigos e motivações, levando em consideração o ‘poder absoluto’ que elas detém, talvez pudéssemos nos parabenizar por não nos limitar em alienações insólitas e vazias de muitas mentes clichês; e mais, nos vangloriar de ter a sorte do poder de criar e recriar, não o poder de traduzir pensamentos dos demais, que como nós, explicitam seus devaneios em seus momentos alheios e distintos; com certeza, na solidão do final de uma noite; quem sabe das situações que muitos simplesmente vivem distintamente (dilemas particulares de todo ser que se arrisca viver e querer ser normal), do tédio que acomete os seres, dos acontecimentos únicos na vida de cada um e onde ‘cada um sabe a dosagem certa de suas dores, suas insatisfações, suas motivações’. Mas ainda assim, com toda sua imponência, são simplesmente palavras; porém, poderosas a ponto de inflar corações de ira, por vezes despertam sentimentos inesperados e distorcidos, tocantes! Mas convenhamos, ninguém escreve algo totalmente inerente à sua essência, seus princípios e
principalmente sobre seus sentimentos que não tenha um fundo de reflexão e verdade; pois estes são fiéis e nos conduzem a aflorá-los, exortá-los (forte, mas é isso mesmo...), DESABAFÁ-LOS, talvez este seja o contexto mais correto... Enfim, antes ilimitarmos o que nos é imposto, nos sufoco ou escraviza e invertarmos e reinventarmos nosso único e exclusivo desejo que é ‘o prazer em escrevê-las’.

By Cris

segunda-feira, 14 de março de 2011

LÍRISMO X REALISMO

Tipicamente os grandes poetas líricos que conhecemos, especialmente em suas mais conhecidas e ilustres obras, deixa notório a evidência do ‘próprio eu’ do escritor. Tentamos analisar e interpretar o que se passava em suas mentes em determinados momentos de suas tristezas e saudosismos, na busca de sua idealização em estudos imprecisos. Em suma, uma coisa é inegável: o eu sofredor, vítima e infeliz desses poetas; uma única pessoa sendo tão importante a ponto de deixar seus escritos em momentos únicos e indecifráveis a quem mais quer que seja que não fosse seu próprio criador; não obstante o pronome pessoal da mesma primeira pessoa, mas no plural ‘nós’, nunca se faz perceptível, a não ser em se tratando do objeto de sua idealização e desejo do seu amor.
Como uma simples, leiga e amadora da escrita, talvez a melhor definição seja ‘uma simpatizante das letras e seus ‘n ‘significados’, propriamente a curiosidade sobre a fidelidade das palavras quando estas se juntam, confundindo por vezes até mesmo seu(ua) executor(a); observo um certo egocentrismo que destes poetas tão lembrados e heróis ovacionados de nossos antepassados exalam, uma vez que particularmente prefiro escritores mais contemporâneos e reais que se adequaram ao nosso tempo e espaço no qual estamos atualmente inseridos, apesar de tanto stress e tantos escritores enfatizando a peste do século, tentando orientar, confortar os seres que hoje, ao invés desse doloroso sentimento pelo amor, sofrem as espinhosas situações as quais a vida moderna e suas transições nos obriga viver . Mas ao contrário, estes denotam interesses e preocupações coletivas e abrangentes de uma visão crítica do mundo e sua sociedade, das carências, falências e efeitos que causam tanto mal para todos que vivemos na escravidão de um stress, onde somos atraídos pela ambição de uma vida ‘melhor’ (entre aspas) altamente compromissada e simultaneamente mais cobrada. Escritores modernos tem acordado para deixar um pouco de si de lado e através da escrita esclarecer, sugerir, o que podemos guardar ou não para nossas vidas, pois tratam de interesses das misérias humanas em suas vaidades e variedades, em suas indescritíveis áreas e inegáveis situações do cotidiano de todos nós que fazemos parte dessa agitação moderna obsessiva-compulsiva; das insatisfações que se fazem presente na vida de qualquer ser vivente e do caos que tem se instalado como resultado da mesma. Estes não centralizam apenas suas desilusões, crenças ou verdades indissolúveis em lirismos piegas e jurássicos; antes instruem para que possamos ser pensadores de tudo que nos cerca, nos induzem sutilmente, simples e desinteressadamente; nos instigam, senão para colaborar, ao menos para compreendermos e/ou questionarmos nossas próprias verdades, nossos valores enraizados e taxados de corretos e o que estamos absorvendo ou conquistando com nosso aprendizado de vida, com nossas atitudes, e principalmente como convivermos ou transformarmos as nossas, automaticamente aceitarmos ou compreendermos as atitudes dos outros.
Aplausos para Lya Luft e Augusto Cury, uns dos atuais gigantes que admiro e me afino, me identifico totalmente com seus ideais, pois dissertam sobre a vida em si e suas problemáticas; não apenas ‘as suas desilusões e dores próprias’, mas enfatizam temas aos quais se fazem de grande relevância para uma sociedade falida em seus princípios, perdida em sua liberdade desenfreada, stressada pela imposição e questionadora de uma psicologia fracassada. Estes não nos fazem alienar com suas ideias, não trazem prontas as soluções para os infortúnios humanos; estes nos induzem e seduzem para que repensemos o que acontece em nosso interior, em nossa casa, em volta de nós e aquém do que vivemos. Antes nos alertam para questionarmos conceitos prontos, frases de efeito, assim como tantas coisas obscuras com tantas ludibriações e com o poder da mídia, crescem a cada dia; ao mesmo tempo que informa, paradoxalmente emburrece seres inteligentes que se deixam atrair pelo encanto do externo, de influências oportunistas e convenientes, e pior, convincentes, ou seja, um fácil acesso persuasivo a formar seres acéfalos e maleáveis negativamente, cegos de olhos sãos, e estes não percebem a lavagem cerebral que em suas pretensões os torna implacáveis, presunçosos e egocêntricos, assim como na fase literária do lirismo. Nossa realidade necessita urgentemente ser repensada e reformulada; não apenas em prol de acontecimentos e cicatrizes pessoais de nossas vidas, mas como forma de abranger a totalidade do sentido ‘humano’ que todos nos encontramos engajados . Concentrados no bem geral e em bons propósitos, talvez passemos a tentar entender melhor motivações alheias, pois estamos tão envolvidos e preocupados com as nossas próprias, que muitas vezes falamos, pensamos e queremos almejar a solução apenas dos nossos infortúnios; nos esquecemos desse círculo vicioso que se forma através do egoísmo de alguns, preocupados único e exclusivamente na problemática de ‘seu próprio eu’, ignorando carências, dificuldades e injustiças a que todos somos sujeitos. Quando pretendemos debater ou sugerir nossas próprias idéias, devemos estar preparados para não ignorar a possibilidade da incompreensão de muitos, estarmos prontos para ver nossas boas vontades e intenções chafurdando em alguns mares de lama, mas isso nunca deve ser motivo para que nos calemos naquilo que percebemos e gostaríamos de alguma forma colaborar; embora em alguns casos certamente chega um momento em que devemos parar. Ou encaramos a necessidade de arriscar pisar em terrenos razoavelmente firmes, encontrando no meio aqueles arenosos, volúveis, implacáveis; estes com certeza em algum momento de suas vidas perceberão o quão foram negligentes consigo mesmos; ou frustramos nossos sonhos de auxiliar para que bons e nobres sentimentos aflorem numa preocupação universal, ou daqui a pouco não haverá meios para que um futuro melhor seja agregado em uma sociedade que visa tão somente o sucesso, bem estar de seus ‘próprios eus’ individuais, seus dissabores que parecem ser maiores que o das outras pessoas; isentos de preocupações das instituições que estão falindo gradativamente, estas já tão abaladas e propensas a desmoronar a qualquer momento. Que em algum instante, em qualquer clã, tribo ou lugar que estejamos possamos dar espaço para rever os equívocos que cometemos, as injustiças que acarretamos quando nos colocamos como o centro de toda desgraça, nos esquecendo de conjugar fielmente; ‘assim como o pronome eu’; o pronome ‘nós’ para quem sabe fazer alguma diferença.Que comecemos a pensar e principalmente ‘julgar’ as intenções alheias, estas sem nosso conhecimento de causa, partindo do princípio que nem tudo e todos são o que determinamos que sejam, ou agem de acordo com nossas motivações ou imaginações, acautelando-nos ao analisar mãos duplas, porém cada qual com suas distinções e casualidades que podem estar visando o melhor não apenas em prol de si próprio. Derrotado seja todo lirismo fariseu para que passemos a ver a vida com mais bondade e menos malícia! Sejamos mais amenos e inteligentes em nossos julgamentos!
By Cris

quarta-feira, 9 de março de 2011

RENOVAÇÃO

Já passou o carnaval, mas ainda é apenas o início de um ano que tem pela frente mais de dez meses de acontecimentos, expectativas, decisões e todos os projetos que ao findar de um velho ano e começo de outro, tradicionalmente fazemos. Esses desejos que acalentamos como obrigatoriedade para se encaixar em nossas reflexões, sonhos planejados e um arsenal de coisas as quais nos propomos desenvolver ou construir, e quase sempre nos frustramos, pois se tornam irreais e quase sempre não cumpridas. Numa época em que uma lista interminável do “ter de” nos instiga a tantas frivolidades, imagino que o primordial para essa maravilhosa invenção de doze meses, que terminados gera em nós o desejo de agregar mudanças; e estes unidos a outros se formam anos, décadas e séculos; seja essencial nosso poder de ‘pensar a vida como um todo e para todos’ continuamente, sem interrupções de ciclos para se realizarem, ou seja: pensar em mim, na vida, nos outros, no mundo, em inúmeras coisas ou apenas uma só, mas que esta se faça de tamanha importância generalizada e beneficente a todos quantos necessitarem de um apoio moral, uma palavra amiga, ou de conforto nos momentos mais difíceis e inusitados que se fazem presente na vida de todos nós, independente de ciclos, eras e anos... Pensar em ser alguém mais compassivo, amando mais e melhor, pensar no que eu quero de verdade e ir a luta, se é que eu realmente anseio algo e não me deixo levar pelo orgulho e desencanto.Deveria ser um prazer pensar, colocar na mente, deixar as idéias vagando numa atenção flutuante, passá-las para o papel para logo depois por em prática tantos planos elaborados para corrigir nossos erros passados, transformar situações de equívocos, deixar de lado alguns instantes tantos compromissos, o cansaço, a falta de tempo, a dificuldade por se sentir feliz nas mais simples e pequenas coisas; da pouca harmonia consigo e com o mundo, deixar de lado as decepções pessoais e universais. Verdadeiramente fazer de doze meses, incontáveis prêmios que podemos proporcionar a nós e aos outros. O real não existe... Existe o que vemos dele. Temos limites, mas isso não nos impede de inventar nosso mundo e vivê-lo com ceticismo, otimismo ou uma pequena dose de loucura necessária para que haja beleza e claridade e para não vivermos eternamente em trevas. Todos acordamos algum dia dominados pela velha desilusão, o que pode ser um simples trecho de nosso mundo particular... Hora de ir a luta e reinventar novos sonhos...Vale tudo, menos passar tempo demais a chorar. E independente do ano que começa ou termina, sempre haverá tempo para novas esperanças recriar!
By: Cris

terça-feira, 8 de março de 2011

MULHER, FRÁGIL FORÇA

Incrível imaginar como em tempos onde as mulheres eram meras procriadoras, donas de casa sem voz ativa, esposa e mãe submissa ou com muita dificuldade, insistência e ousadia, tiveram a sorte de embrenhar no mundo das letras para se tornarem professoras formadas em magistério, uma das poucas profissões aceitáveis em determinadas épocas para esse tido como ‘sexo frágil’, mas contrariando a todas expectativas e histórias, garantem hoje seu espaço, independência e respeito. Antes uma minoria e atualmente a grande maioria que superam os requisitos até então rotulados e desacreditados: ‘A FORÇA DA MULHER’.
Mais surpreendente ainda, são aquelas que em pleno início do século XX, destronaram dogmas até então inimagináveis e impossíveis, em se tratando da época de sua geração, da repreensão da sociedade fechada em si em suas tradições e formalidades. Um belo e admirável exemplo, Anna Eleonor Roosevelt, uma mulher frágil à frente de seu tempo, que sofreu todas os dissabores de uma vida de complexos por sua compleição e atributos físicos não possuírem nada de atraentes, mesmo para sua época; conheceu todo tipo de traições e dores possíveis, teve uma vida marcada pela infelicidade, mas isso só fez aumentar seu desejo e sua tremenda preocupação com o bem estar da humanidade. Usou de seus infortúnios como armas e munição para dar vida aos seus sonhos e vocação humanitária. Engajou na causa dos pobres e explorados, desprovidos e discriminados; reivindicou um lugar de destaque para a mulher na sociedade e enfrentou retaliações, perseguições e ameaças; até por se ver alienígena numa sociedade que, em suas específicas gerações, não se difere do protótipo em todos os tempos estabelecidos, assim conhecia todo tipo de discriminação e a dor que isso provoca em todo e qualquer ser humano, independente de raça, crença religiosa ou posição social, como era seu caso, nascida em berço de ouro e infeliz. Mas não desistiu de seu intuito, que era o de ajudar e transformar uma situação. Lutou pelos negros enfrentando os Ku klux Klan em defesa de seus direitos civis e de igualdade. Virou um ícone do povo americano e deixou sua marca heróica no país e no mundo. A mulher frágil na aparência e inteligente como poucas, mostrou seu valor, seu amor e se fez grande e nobre.
Conseguiu presidir a comissão das Nações Unidas e lutou até conseguir a aprovação dos Direitos Humanos em 1948: ‘salário igual para um trabalho igual, casamento só com consentimento livre e espontâneo dos futuros esposos, liberdades sem distinção’; algumas entre outros que inspirou inúmeras iniciativas em todo planeta em favor dos oprimidos e minorias, ocasião em que foi aplaudida de pé . Transformou-se numa figura de projeção mundial, foi eleita a mulher mais admirada dos Estados Unidos e chamada pelo presidente da época, Harry Truman, de primeira dama do mundo. Muito do que temos e usufruímos hoje, provavelmente é alheio e desconhecido para muitos, conquistas de lutas travadas e a inserção de princípios básicos e iniciais, assim como a UNICEF, beneficiando as crianças; mais uma organização que essa mulher valorosa ajudou em sua luta pela justiça social. Seria em nossos tempos atuais, precursora da saudosa Lady Di; em se tratando das internacionais; esta, não menos sofrida que ela; mas da mesma forma foi ídolo e destaque dos pequenos e miseráveis de países pobres e, em ambos os casos, deixou o legado exemplo de que beleza ou fortuna não são sinônimos de felicidade, de arrogância e egocentrismo; não são tendências unânimes que impedem um coração cheio de amor e doação quando determinamos algo e genuinamente lutamos em prol de nossos objetivos. A evidência da força da mulher em todas as épocas, séculos e em tempos mais remotos aos contemporâneos, não nos esquecendo de nossas heroínas nacionais; se formos enumerar todas, isso aqui se transformaria em um livro fácil, fácil, pois não podemos nos esquecer de outras gigantes que escolheram lutar coletivamente como: Chiquinha Gonzaga, Irmã Dulce, Leila Diniz, Zilda Arns, que enfrentou seu tempo na iniciativa e criação da Pastoral da Criança em 1983, dedicando sua vida e morrendo por essa causa no Haiti recentemente, mas com certeza, todas movidas e embasadas nesse mesmo amor, aquele mais sublime devotado ao próximo. Méritos conquistados e enfrentados assim como as batalhas pessoais dessas heroínas para enfrentar a insegurança, a rejeição e até mesmo vencer uma depressão, tais sofrimentos, decepções e inconformismos usados sobretudo para transformar suas fraquezas em força, ou quem sabe o simples desejo de doar o pouco que cada uma de nós temos, que somados a outros fazem grande diferença na vida daqueles que não tiveram nem a oportunidade de lutar; o resultado, hoje o colhemos. Milhares de mulheres dignas de admiração e respeito; anônimas, guerreiras que se escondem por todo país e mundo afora, difícil é aceitar o pseudônimo que nos deram como ‘sexo frágil’! Que controvérsia duvidosa! Lute por seus ideais e liberdade, acima de tudo, garanta suas conquistas. Nós podemos... Nós somos capazes!
PARABÉNS MULHER!
By: Cris