quarta-feira, 9 de março de 2011

RENOVAÇÃO

Já passou o carnaval, mas ainda é apenas o início de um ano que tem pela frente mais de dez meses de acontecimentos, expectativas, decisões e todos os projetos que ao findar de um velho ano e começo de outro, tradicionalmente fazemos. Esses desejos que acalentamos como obrigatoriedade para se encaixar em nossas reflexões, sonhos planejados e um arsenal de coisas as quais nos propomos desenvolver ou construir, e quase sempre nos frustramos, pois se tornam irreais e quase sempre não cumpridas. Numa época em que uma lista interminável do “ter de” nos instiga a tantas frivolidades, imagino que o primordial para essa maravilhosa invenção de doze meses, que terminados gera em nós o desejo de agregar mudanças; e estes unidos a outros se formam anos, décadas e séculos; seja essencial nosso poder de ‘pensar a vida como um todo e para todos’ continuamente, sem interrupções de ciclos para se realizarem, ou seja: pensar em mim, na vida, nos outros, no mundo, em inúmeras coisas ou apenas uma só, mas que esta se faça de tamanha importância generalizada e beneficente a todos quantos necessitarem de um apoio moral, uma palavra amiga, ou de conforto nos momentos mais difíceis e inusitados que se fazem presente na vida de todos nós, independente de ciclos, eras e anos... Pensar em ser alguém mais compassivo, amando mais e melhor, pensar no que eu quero de verdade e ir a luta, se é que eu realmente anseio algo e não me deixo levar pelo orgulho e desencanto.Deveria ser um prazer pensar, colocar na mente, deixar as idéias vagando numa atenção flutuante, passá-las para o papel para logo depois por em prática tantos planos elaborados para corrigir nossos erros passados, transformar situações de equívocos, deixar de lado alguns instantes tantos compromissos, o cansaço, a falta de tempo, a dificuldade por se sentir feliz nas mais simples e pequenas coisas; da pouca harmonia consigo e com o mundo, deixar de lado as decepções pessoais e universais. Verdadeiramente fazer de doze meses, incontáveis prêmios que podemos proporcionar a nós e aos outros. O real não existe... Existe o que vemos dele. Temos limites, mas isso não nos impede de inventar nosso mundo e vivê-lo com ceticismo, otimismo ou uma pequena dose de loucura necessária para que haja beleza e claridade e para não vivermos eternamente em trevas. Todos acordamos algum dia dominados pela velha desilusão, o que pode ser um simples trecho de nosso mundo particular... Hora de ir a luta e reinventar novos sonhos...Vale tudo, menos passar tempo demais a chorar. E independente do ano que começa ou termina, sempre haverá tempo para novas esperanças recriar!
By: Cris

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