sábado, 25 de dezembro de 2010

DEFESA OU ATAQUE???

Já meu velho avô dizia: “Prefiro mexer (ou seja, tratar, conviver) com mil cabeças de boi a mexer com o bicho homem”. Na época eu não compreendia aquele provérbio, mas hoje posso dizer que concordo com ele em gênero, número e grau. Como é difícil a arte de se relacionar enquanto humanos! Todo e qualquer relacionamento a princípio tem por base apenas a superficialidade do encontro inusitado ou não, que se aprimora com o passar do tempo, e em todo começo cria-se uma postura camuflada daquilo que verdadeiramente é fiel e corresponde ao real do que somos. Quando não existe intimidade, a formalidade é o meio mais leal e eficaz que temos para usufruir, pois estamos nos embrenhando em território não muito conhecido e tememos as discordâncias, evitamos desentendimentos que possam abalar o convívio, muitas vezes nos fazemos imparciais para não criar maiores atritos; e assim somos infiéis conosco e com o que há de mais autêntico em nós. Isso não se aplica apenas em casos esporádicos; é unânime quando se trata do conhecer, desmistificar ou conviver com alguém o qual pouco sabemos. Não defino isso como falta de personalidade, menos ainda de falsidade; vejo que simplesmente é um instinto natural e humano que se manifesta tão somente como defesa para que se perpetue a harmonia. A questão é um tanto quanto delicada, até por que quanto mais intensa fica essa relação, mais conhecemos as vulnerabilidades, fraquezas e pontos fortes do outro, (algo bem normal nos relacionamentos conjugais), e essa intimidade faz-nos correr o risco de converter este instrumento em destruição, quando mal utilizado. Cria-se outro dilema: ao mesmo tempo que é agradável cultivar a proximidade, pode ocorrer de ambas as partes se ferirem mutuamente quando acontecer alguma alteração emocional, e em conseqüência disso, muitas pessoas se isolam evitando toda e qualquer chateação que toda intimidade acomete, então se fecham como conchas, perdendo muito; ou quem sabe cientes de que realmente é a opção correta e os fará mais felizes, talvez seja o real desejo de seus corações; não percebem que se escondem por trás do temor de viver abertamente e igualmente a todos que arriscam ser eles mesmos e dão oportunidades para que os outros a sua volta também o façam, simultaneamente se dão uma chance de descobrir o que na maioria das vezes são apenas suposições e compreensão hipotética. Lidar com a intimidade exige sabedoria. O importante é saber e tentar comunicar as próprias insatisfações claramente e sem agredir o outro, o que é muito comum; não dizem que a melhor arma de defesa é o ataque? Parece que isso é regra geral. É essencial que tenhamos um ouvido emocional, e isso não se trata meramente escutar uma idéia, ler ou tentar entender os argumentos a respeito da mesma; vai mais fundo e além; designa esforço por compreender como o outro se sente durante uma avalanche de emoções ou situações, onde o mesmo carrega suas próprias impressões a respeito de algo, suas próprias interpretações, ainda que deturpadas ou codificadas no antônimo do que realmente expressa o contexto, tom ou gestos. Quero compartilhar uma frase que friso muito para meus filhos: ‘A dor do outro deve ser também a minha dor’, isto é, se colocar no oposto de sua posição, trocar os lados e refletir a respeito do que faríamos se estivéssemos no lugar do outro; dessa forma a intimidade se torna aliada, pois a compreensão e tolerância entram em atividade. A sintonia entre as pessoas, ou mesmo a discordância saudável e clara é o que revela a qualidade e dimensão de um relacionamento, seja ele qual for. São itens que fortalecem os laços e nos torna seres acessíveis, pois se nos fechamos demais, corremos o risco de causar temor nos outros, logo, inacessíveis. Nossas emoções, indistintamente, são meio que incontroladas e nem sempre bem colocadas em palavras ou decodificações. Se expressam em nosso timbre de voz, expressões faciais, gestos, movimentos aleatórios e involuntários que em determinados meios inexiste uma forma clara de se desvendar, apenas em um corpo a corpo, olhos nos olhos serão fielmente interpretadas até por pessoas que se conhecem bem, que teem uma intimidade pra lá de aguçada. Isso se traduz nos diálogos onde demonstramos fielmente nossos sentimentos através de como nos expressamos. Muitas vezes não sabemos como expor nossas frustrações e não raras vezes nos deixamos levar por achismos, que nos leva à ira e logo após ao ataque. Tal estigma só enfatiza que somos iguais, só mudamos os endereços. Isso não significa que temos que evitá-las ou programá-las, mas expressá-las com cautela e com o máximo de serenidade que conseguirmos. Estados de espírito são passíveis de transferência; devemos sim tentar não exagerar ao falar de nossas dores e dilemas, também nunca ocultar aquilo que queremos transmitir, mas sempre dando o tom emocional certo ao que é dito e escutado; algo como um eufemismo que é real, mas explícito de forma amena. Concluindo, não somos treinados para lidar com nossas emoções e quem nos dera poder adivinhar a emoção dos outros?! O ideal seria associar nosso aprendizado e experiência de vida, que cresce e é mutável gradativamente, para tentar compreender e atuar em benefício da vida em comum, para isso vale a pena todos os recursos: a razão, a franqueza e transparência, a intuição, a sinceridade, a emoção e principalmente a compaixão. Sobretudo nos colocar sempre na pele do outro e mesmo com esforço incomum perceber que somos seres únicos; mas com reações e emoções quase que completamente iguais, e a convivência ideal nada mais é que a junção da intimidade que extrapola e liberta, versus contradições essenciais e normais naquilo que os outros discordam em nós e vice-versa. Somos seres distintos diferenciados pelas polêmicas, momentos e áreas difíceis de nossas vidas, mas dotados dos mesmos sentimentos que cada um de nossos percalços produz. Enfim, se ‘A dor do outro deve ser também a minha dor’, espero de coração que os outros também compactuem desse mesmo pensamento para que pensem no outro assim e em contrapartida o mesmo possa refletir que: ‘A minha dor também deve ser a dor do outro’.

By Cris

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

HAPPY CHRISTMAS AND HAPPY NEW YEAR...

Mais um ano se finda e sempre é momento de novos sonhos e expectativas invadirem nossa alma na esperança de dias melhores, conquistas, vitórias... Recomeçar, tentar, investir são palavras que definem bem nossos incessantes anseios...
Imagine você diante do espelho olhando para si, sorrisinho mordaz no rosto e dizendo:
- Capriche!
Vou pintar de azul o meu botão de Deletar.
Sorte não ser o dicionário, possuído por algum proprietário louco, que o apagaria aos poucos, palavra por palavra, letrinha por letrinha, somente por alguns insólitos sorrisinhos e desejos flutuantes da mente de alguém tentando revigorar-se.
Sorte poder criar e recriar. Parabéns para quem pode traduzir imagens com todas as letras do alfabeto, com tabs, shifts e underlines para levar aos amigos fluidos de bons presságios, troca de carinho numa corrente que imaginamos fortalecer nossos votos nesse momento de tanto amor distribuído, inventado e reinventado, fazendo vidas abrirem uma página aqui e estarem felizes por essa reciprocidade invisível aos olhos, mas palpável aos corações. Parabéns para gentes como a gente que não se limita à alienação insólita e vazia de muitas mentes clichês... Antes ilimitamos o que nos é imposto e inventamos e reinventamos nosso único e exclusivo “capricho” de termos uma família virtual, que cá entre nós, prá mim, VOCÊ É E SERÁ SEMPRE MAIS QUE REAL...
Um Natal abençoado e um fim de ano de muita luz para cada um de vocês
meus queridos e amados amigos....
E EU AMO VOCÊÊÊÊ....

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Felicidade, angústia ou decisão?

NATAL... Ano acabando, planos sendo elaborados, esperanças aflorando... Deveria ser assim, mas nunca me vejo tão otimista assim nessa época (mesmo que eu não tenha motivos algum para isso... Ou será que tenho ou todos nós deveríamos ter???)
Comigo funciona assim: se estou feliz: escrevo, se estou triste: escrevo, se estou perplexa: escrevo... E por ai vai... Embora na maioria das vezes minhas abordagens sejam nada profundas no que tange a particularidade que envolve meu ser, essa época do ano me parece propícia para adentrar no âmago do mesmo, na mais intima motivação ou a falta dela para definir aquilo que realmente sinto e gostaria de expressar.
Mas parece que as palavras, os vocábulos desapareceram misteriosamente! Até porque uma mesma palavra tem significados diferentes de acordo com o texto ou discurso em que esta figura, tal qual a enorme diferença entre imaginar uma situação ou passar por ela, vivê-la literalmente. Pode ser que hoje eu não consiga ser tão clara e possa transferir algo deturpado, distorcido daquilo que realmente me preocupo; meu verdadeiro intuito, e isso é crucial, pois precisamos nos desdobrar no contexto do qual realmente faz parte ou ao menos escutar e ser sabedor(a) verdadeiro de quem escreve ou profere, senão corremos o risco de incompreender, ou analisar simplesmente com nossos próprios códigos aos quais criamos diante de nossos momentos e necessidades, ou seja, à nossa própria maneira e escravidão de nossos próprios sentimentos. É o ensinamento básico que Freud enfatiza em seus escritos para justificar a psicanálise, claro, se isso já não estivéssemos carecas de saber.
Tá... Mas vamos para o jornal inédito que o momento pede.
Não sei por que, esta é uma data onde todos deveriam estar eufóricos, entusiasmados e cheios de expectativas para a passagem do natal; as festas, as ceias, a comunhão, a união das famílias; a aposta no ano vindouro... Mas particularmente sempre fora uma época em que fico deprimida, me invade uma dor no peito e uma angústia, sentimentos os quais não sei as origens... Não sei se por causa da falta de muitas pessoas amadas que se foram e sempre nessa época são mais lembradas; ou se pela reflexão a qual me perco em questionamentos ainda que vagos e sem respostas contundentes, discordar e sofrer; sei que é algo inerente às minhas possibilidades. Talvez pelo parâmetro que faço entre as linhas que se dividem: de um lado famílias inteiras ou comunidades que se reúnem para festejar a bonança de presentes, carinhos, votos de bons presságios, e principalmente a partilha de tantos pratos e degustação dos mesmos, enquanto do outro lado, pais com seus filhos, principalmente as crianças, que sequer tem um prato de comida para saciar a fome, não apenas neste dia, nesta data; mas em todos os dias na luta por uma sobrevivência injusta e sobre humana.
O pouco que posso fazer com certeza tento e faço. Mas é simplesmente uma gota num oceano imenso que necessita urgentemente de mais dignidade e mais adeptos que infelizmente são poucos; muito trabalho e poucos arados e trabalhadores. A grande maioria não se dispõe a se preocupar e pensar como um problema homogêneo do qual todos indistintamente fazemos parte e também somos responsáveis. Poucos sentem essa necessidade urgente a ser desenvolvida, pois isso implica que deixemos, mesmo que momentaneamente, de focar nossos problemas, que geralmente pensamos ser os maiores; para nos dedicar àqueles que muitas vezes tão simplesmente esperam um carinho, uma atenção, quem sabe penas um abraço, uma cesta básica para que seu natal seja diferente dos demais, mais feliz e promissor; ou talvez porque a maioria das pessoas em suas conveniências se dedicam mais com as pessoas que não necessitam, antes podem proporcionar algo depois como troca, barganha.
Vivemos reclamando de tudo, de coisas tão banais, ou que parecem grandes e se coisificam diante de necessidades básicas às quais muitos convivem uma vida inteira, desde que se projetaram nesse mundo tão desigual e cruel; coisas essenciais às quais nunca se concretizam. Agigantamos nossos dilemas e nos esquecemos que são ínfimos diante dessa sociedade egoísta, desigual onde cada um joga com o que tem e dá valor tão somente e simplesmente para seus próprios anseios e desejos, por mais insignificantes que sejam; jogam apenas em suas próprias causas e se esquecem que somos um todo. Quantos não gostariam de ter nossas vidas, de estar em nossos lugares? Por maiores que sejam nossos sofrimentos ou problemas, tenho certeza que se olharmos ao lado, até mesmo para um vizinho, descobriremos que não temos o que reclamar; apenas a agradecer. Antes darmos as mãos para fazer a felicidade de alguma criança, pessoa ou família, pois já estaremos colaborando. Se todos adotassem uma causa assim, quem sabe essa data seria uma comemoração para todos, em grande ou simples estilo, pois por mais pequena que seja nossa doação, pode ser a maior e mais valiosa na vida de muitos, o que importa é mostrar para alguém desesperançado sua importância.
O desejo de mudar o dia, um momento de alguém, nasce espontaneamente no desejo de se fazer o bem, mas só darão frutos se estes forem verdadeiramente cultivados. Vamos acordar? Faça também a sua parte e não espere apenas o fim de ano, o natal ou qualquer recompensa para DOAR O MELHOR DE VOCÊ! Que seja apenas um abraço...
Feliz Natal à todos e um próximo ano com muito amor, saúde e paz!
By Cris

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

As if by magic...

Como toda pessoa normal (pelo menos atualmente falando), me sinto tentada por dois tipos de apelo obsessivo: Um, óbvio, trata-se das maravilhas da tecnologia avançada e suas inúmeras possibilidades (por muitos não confessáveis; até por que eu também de vez em quando as tenho e as taxo de fúteis e inúteis): barriga, peeling, creme nem sei das quantas, lipoaspiração, etc; e o outro inferno é a necessidade de estarmos praticamente todo o tempo de nosso cotidiano conectados para acompanhar a velocidade desse avanço das comunicações. E aí a coisa pega! E como pega! Com essa mísera memória que temos, principalmente as defasadas pelos percalços da vida ou pelo tempo, é quase impossível acompanhar essa tal de memória RAM. Sempre me frustro, pois nunca consigo alcançá-la, aliás, adoraria se por um efeito de mágica ou mais uma evolução futurística ela se tornasse extinção. Quando atinjo tantos megabytes já são necessários gigabytes, isso sem citar os megahertz, outro padrão para não me deixar esquecer que estou atrasada, ou seja, ‘analfabytes’.
Ambos tem em comum o fato de estarem sempre em demanda contínua, não tem essa coisa de estagnação. Um apelo estético sempre tem que ser retocado; sabedoras de carteirinha as usuárias do botox; assim como os personais que a cada dia inventam um novo e preventivo, estes vão desde os ‘trainers’ (estou precisando de um)que contratam-se até para caminhadas. Será que não sabemos mais sozinhos andar? Se estendem aos ‘stilists’ e até ‘sexs’ (É...tem também!), daqui uns dias vão inventar um para a solidão, o amor ou a falta dele, a intimidade com o outro e seus encantos, que vão se perdendo com tanta ditadura e imposição de novidades as quais, de certa forma, somos obrigados a seguir. Tenho dois filhos e um esposo que são minha vida, mas não posso me descuidar dessas pessoinhas, pois corro o risco de perdê-los para o celular, mp3 ou 4, pc, notebook, play station, etc, etc, o marido, mais defasado que eu digitalmente falando, para o ‘jogo de paciência’. Dificilmente se acha tempo para um diálogo, pois estão sempre plugados, ou seria ON? A necessidade da interação e da compatibilidade se instala, pois até nós nos vemos mais preocupados e somos mais eficientes com o carregador do celular, com os meios fascinantes aos quais nos viciam e escolhemos nos comunicar. Isso é altamente periculoso! Temos que nos dominar, literalmente nos vigiar, senão a febre deles passa prá nós (acho que já passou!). Daí vem nutricionistas, massagistas, dermatologistas e a lista vai por ai afora.
É inimaginável viver sem ter que usufruir ou lidar em algum momento de tais recursos: estéticos e impossivelmente, os tecnológicos em se tratando de seus bytes e sua pomposa necessidade em quaisquer áreas que possamos imaginar.
A luta nessa corrida contra e/ou tentando acompanhar o tempo e suas transformações, seja na tecnologia ou na preservação e perfeição da carne, a qual está quase sendo uma exigência dessa geração, percebo que a aceleração externa antecipa esse próprio tempo. Tem-se a impressão que estamos nos tornando máquinas em ‘merchandising ou marketing’: compro hoje o que vai subir amanhã; puxo hoje o que dizem poder cair amanhã. A exigente lei da tecnologia versus a insustentável e imperdoável lei da gravidade. O desconforto e insatisfação observadas nessas duas vertentes, fez me fantasiar, delirar sobre uma solução plausível e compatível entre as duas com todas as maravilhas do progresso com suas facilidades uniformes para todo ser vivente, independente se estes nascerem na geração digital ou na época da carochinha. DECIDIDO! Desejo com todas as minhas forças um ‘upgrade’ (não disse!). Hilárias perguntas irão se formar, claro: Com que médico você vai fazer? Onde? Quando? Mas já tenho respostas para essas e todas as outras que virão. Quero urgentemente um neurocirurgião. Surpreendente? Não. Quero uma recauchutagem não propriamente nas pálpebras, peitos, bunda, barriga ou coisas do gênero; esses ainda agüentam bem alguns aninhos. Quero apenas uma expansão ilimitada e definitiva em minha própria memória RAM; um ‘upgrade’ no ‘meu hardware’. Isso seria espetacular! Recuperaria meus arquivos recentes e danificados, acumularia mais em minha memória programada e logo após obteria espaço para todos os registros, todas as lembranças e experiências já vividas que eu desejasse preservar em qualidade digital. Maravilhoso não? E o que eu desejasse esquecer, apenas deletaria, sem correr o risco de voltar a minha mente. POW e acabou! Demaaais! Guardaria como uma imagem digitalizada o primeiro encontro com meu amor, o nascimento de meus filhos. Poder contar e contar TODAS as gracinhas deles, até as mais sem graça; aquelas que apenas os pais acham lindo; sem ocultar nenhum detalhe de cada momento. Não perderia um que fosse cada acontecimento, cada alegria, cada magia que os mesmos proporcionaram. Meu ‘hard disc’ poderia ter uma biblioteca digital e poderia acessar a qualquer momento tudo que já li e amei: desde Monteiro Lobato a Clarice Lispector, Jorge Amado, Lia Luft (escritora contemporênea que amooo), Goethe, Marx, Nietzsche, Maquiavel, Darwin e todos os outros (isso, se Gordon Bell já não tivesse se antecipado e concluído alguns desses, que pra mim seriam apenas devaneios). De coisas fúteis e inúteis a fatos e fotos relevantes; de fórmulas matemáticas a receitas de doce de minha avó... Mas não pararia por aí: gravaria todos os desenhos animados, novelas e filmes que inúmeras vezes vi comendo pipoca em frente à televisão. Gravaria músicas de novelas, de festas, das fossas (Isso hoje chega ser cômico se não fosse real na vida de todos, principalmente em se tratando da adolescência; os amores platônicos sabe?) e todas as cenas de beijo que foram embaladas por elas. Os arquivos seriam registrados com todos os sentidos, com direito a cheiro e paladar. Apenas um clique no ícone certo acionaria até mesmo um tesãozinho. As lembranças seriam arquivadas em pastas de acordo com cada assunto; classificados pela qualidade e natureza de sentimento, idade, importância e fases da vida. Dessa forma qualquer possibilidade de tristeza, desânimo e depressão seria anulada pela recuperação instantânea de cada momento de prazer. E o anti-vírus? Todos e quaisquer aborrecimentos, maldades, provocações, insultos e fofocas indesejáveis seriam automaticamente barrados pelo fantástico sistema de rede, e simultânea e imediatamente retornados aos seus respectivos remetentes. Perdas de tempo, implicações aleatórias e involuntárias, burrices e toda burocracia não teriam acesso a esse sistema; este mesmo anti-vírus teria a função de apagá-los, antes mesmo de chegar aos nossos olhos, assim também como apagaria todas as mágoas, limparia todos ressentimentos, faxinaria almas (assim como aquele delete que extirpa todo sentimento ruim da mente) e até enviaria um comando para o verdadeiro perdão.
Mas o melhor mesmo seria uma placa instalada para ser usada em processo contínuo de redigitalização da própria mente e imagem (essa mesma que muitos insatisfeitos não teem a ousadia de assumir) assim por muitos e muitos anos se permaneceria satisfeitos com as marcas do tempo surgindo em todos os aspectos em nosso corpo, e nos livraríamos de todos os “istas”, desde o famigerado técnico de informática até o neurologista( Não aquele neurocirurgião do início) que nos daria garantias eternas. No entanto, com tantos sonhos borbulhando por aqui, conheço pessoas que em seus oitenta e alguns ou muitos anos, nunca entraram na faca, não conhecem nenhum técnico de informática e jamais ouviram falar sobre qual a função de um especialista em neurologia ou qualquer ‘ista’. Mas confesso, tenho um tremendo desejo de me aprofundar mais em suas vidas e descobrir onde arranjaram uma fabulosa memória RAM. Será que buscaram do outro lado do mundo? Será que viveram tão simplesmente seu tempo cronológico desapercebidos e ignorando esse novo que muitas vezes nos pressiona em demasia? Ou simplesmente se absteram de viver as pressões da era da informática e vida moderna? Fica a indagação. Ao final, somos todos produtos, resultados perfeitos dessa mesma inteligência que descobriu a tal memória RAM, por que assim nos permitimos.
Ainda assim, pode até ser utópico, mas... EU QUERO A MINHAAAAAAAAA!
By Cris

domingo, 19 de dezembro de 2010

EU X NÓS

Mesmo sendo inteiros não somos completos e temos a necessidade de sermos completados. Todos nós buscamos o amor que nos salvará da "vida não vivida", da vida incompleta da vida q não se realiza plenamente. Nada é mais transparente do q o simples fato de sermos humanos, reais, com possibilidades de erros e acertos. Não estamos num palco, e na vida temos a obrigação de nos desnudarmos e assumirmos o que somos para o outro, não viemos aqui para representar uma peça teatral, muito menos sermos perfeitos, mas para evoluir e ñ desistir porque erramos, mas aprender e ensinar através dos erros; e mesmo quando errar, é sempre bom lembrar q "quando errar não é tempo de desistir e sim de aprender. E ser você mesmo, oferecendo o que há de mais belo e mais honesto para o outro, porque é o que há de mais autêntico. Quando nos assumimos sem medo estamos sendo honestos conosco e com o outro e nos damos a chance de nos moldar reciprocamente. Respeite diferenças, se dê valor, jamais tenha medo de assumir seus erros, você não é perfeito, não é infalível, mas o outro também não é, sendo assim, agradeça a Deus pela oportunidade de se doar, de amar. O amor se conquista dia-a-dia, na convivência, e aqui, estamos numa escola, não devemos passar por ela inutilmente, quem não está aprendendo não está evoluindo; quem não está amando com certeza, está perdendo...Nada é mais transparente que o simples fato de sermos humanos, reais, com possibilidades de erros e acertos. Cada um tem uma beleza única... E do que nos serviria ela se não para oferecê-la ao outro? Cada um é cada um. Recomeçar tudo de novo. Alguém pode dizer: falar é fácil,difícil é viver.Bem, é fácil viver isso, se você estiver espiritualmente preparado para tanto.Evidentemente em determinadas situações como esta, geralmente estamos emocionalmente desestabilizados e não conseguimos raciocinar direito. Isso nos leva a atitudes impulsivas que nos coloca num círculo vicioso,onde a tendência é nos afundarmos cada vez mais num buraco sem fim.O sábio Salomão citou:"ABYSSUS,ABYSSUS INVOCAT", um abismo chama outro abismo;em outras palavras: “semelhante atrai semelhante”. O que fazer então? Simples, mudar nossas atitudes mentais e recomeçar, jamais nos conformando com situações que agridam o nosso estado de espírito, mudando o mundo ao nosso redor com um pensamente correto e positivo. Devemos reconhecer que geralmente o motivo do nosso sofrimento esteja em nós mesmos.Daí a necessidade de parar um pouco e refletirmos o nosso passado, encontrando a resposta para o nosso sofrimento presente, não cair no mesmo erro e consequentemente em novo sofrimento. Se o que estás vivendo é uma dor de amor, não julgue o homem ou mulher que você diz que se apaixonou, ninguém é dono de ninguém... e se um homem ou mulher se declarasse a você, te amasse, mas você não o correspondesse... se você conhecesse outra homem e se apaixonasse.. com quem você casaria??? Todos nós temos milhares de opções de almas gêmeas, mas temos que ter o cuidado de querer aquela que nos ilumina, nos faz fortes, esperançosos e com desejo de transformação; sem falar na química que envolve e é claramente perceptível. Temos diversas chances de conhecer alguém especial e acredite, amor se conquista no dia a dia, na convivência. Paixão acaba, morre... O amor sobrevive à todas tempestades...
Então, desse problema, acho que você deve pular esse obstáculo, sacudir a poeira e dar a volta por cima..
Pense em conhecer novos amores, novos rostos, alguém que realmente lhe dê valor. Um valor grande, um valor que você tem de acreditar e sabe que merece. Acredite, todo mundo merece ter muito amor, se este for recíproco e verdadeiro. Sendo sozinhos, somos finitos e incompletos, quando encontramos o amor, quando podemos realmente amar alguém, quando recebemos o amor deste alguém a quem amamos, passamos a nos completar e atingimos o infinito. O amor é maravilhoso por isso: é uma via em que dirigimos nosso amor para alguém e este alguém dirige as suas melhores energias para nós, tudo espontaneamente por amor, pelo que a outra pessoa causa e promove em nós, não por obrigação. O amor nos torna muito maiores do que somos e com ele cada um de nós é um universo inteiro! A entrega recíproca faz com que nos tornemos mais que dois; se interessar pelo outro, como vão seus projetos pessoais, quão feliz está o outro e o que podemos fazer para ajudá-lo a construir seus projetos; é a semente que plantamos em nossas vidas e a colheita será bela e farta! Quando nos damos um ao outro do fundo do coração os projetos comuns ficam alcançáveis! Todos nós temos a necessidade de encontrar alguém a quem possamos amar com toda força de nossa alma, de recebermos um amor vital de alguém. Quem não experimentou estes dois processos ao longo da vida, NÃO terá vivido plenamente com certeza! Busque este Amor e você com certeza o encontrará! Ou então será encontrado(a).Acredite :Não importa o que é o mundo... O importante são seus sonhos! Não importa o que você é... O importante é o que você quer ser.
Não importa onde você está... Importa para aonde você quer ir. Não importa o porquê... O que importa é o querer.
Não importa suas mágoas... O que importa são suas alegrias. Não importa o que já passou. O passado? Guarde na sua lembrança, mas não se esqueça de crer no seu presente!
Nunca pense em julgar. Não veja, apenas olhe. Não escute, apenas ouça. Não toque, apenas sinta.
Acredite naquilo que você quiser. E não adianta você sonhar se você não lutar.
O mundo é um espelho; não seja só o seu reflexo só acreditando em seu futuro, lute, tente!
Você conseguirá a paz para alcançar seus sonhos!
Afinal o que importa? VOCÊ importa! Acredite em VOCÊ! Eu acredito... E VOCÊ?

Reflexões...

Personalidade não se constrói da noite para dia, e às vezes levamos uma vida para a descobrirmos ou solidificá-la. A vida poderia ser definida como um paradoxo do mais sagrado que prometemos ser e do que pode acontecer aleatório às nossas vontades ou daquilo que um dia sonhamos viver; nossos desejos que um dia foram sacramentados, prometidos a serem eternizados, até porque sentimentos são inerentes aos nossos desejos, àquilo que num determinado momento tivemos certeza que seria prá vida toda. Qualidades, defeitos, vícios e manias representam o resultado de nossas vivências, é o claro e dialético das transições do que nos trazem ao longo dos anos. Não me acho diferente, melhor, ou pior que ninguém. Sou uma mulher que pensa, que sente, que auxilia, que ama a Deus, que decepciona, que arrisca, que erra, que perdoa. Tenho os pés no chão, mas sempre gostei de voar alto, muito alto; e olha que consegui quase atingir as estrelas!!! Não tenho palavras para agradecer as bênçãos de Deus em minha vida, na minha história, um dia ainda escreverei um livro sobre a mesma... Muito linda, sofrida, mas encantadora chegando ser quase surreal, coisa de cinema, novela... Mas isso já é outra coisa, não deixando de ter sua parcela naquilo que tento desabafar aqui, e tudo que é novela tem um fim, então a real não se difere, sempre existe a possibilidade de ter um final. Amo minha família, meu maior patrimônio, esta instituição falida onde se pode formar bons cidadãos, pessoas do bem ou não, pois a vida daqueles que o Senhor nos designou é responsabilidade nossa, ou seja, nossos frutos, nossos filhos, estes que são maiores que nossas vidas, amor incondicional e verdadeiro para todo o sempre. De nossas atitudes de hoje, do que escolhemos prá nossas vidas egocentricamente e baseados no que nos move no momento depende o que serão amanhã, o futuro destes. Amo todos aqueles que de alguma forma fazem parte da minha vida e não importa se longe ou perto estão, se são veteranos ou contemporâneos em minha vida; independente de raça, posição social, idade cronológica, beleza física ou quaisquer requisitos básicos que geralmente pessoas pequenas optam para se dedicar, predicativos primordiais para aqueles que vêem com os olhos mas não enxergam com a alma; prezo acima de tudo aquilo que fala ao meu coração, a sinceridade dos atos, a nobreza do real e da beleza existente em cada ser. Sou muito sensível em se tratando daquilo que o ser humano tem ou pelo menos tenta convencer-me do melhor que ele tem, tenho uma imensa facilidade de me apegar às pessoas e isso muitas vezes prejudica, me faz sofrer muito; mas sou muito orgulhosa no que tange meus sentimentos, que uma vez expostos e sem reciprocidade, ou talvez que eu sinta que estou sendo demais e insistente, não tenho dúvidas, fecho-me como uma concha num introspectivo ao qual somente minha alma e meu coração podem ser meus fiéis confidentes. Estou extremamente frágil; mas forte o suficiente para enfrentar os embates que as batalhas diárias me pré-dispõe. Posso estar rindo de tudo e num piscar de olhos começo a chorar; mesmo estando quase sempre triste ultimamente, estou sempre fazendo as maiores palhaçadas para alegrar os que me rodeiam; afinal amo fazer as pessoas felizes e estas não tem culpa do por que me encontro assim; na verdade nem eu mesmo entendo, pois não tenho motivos. Persisto, insisto e me declaro abertamente meus sentimentos, sou verdadeira e não consigo ser falsa, fingir algo que não sinto, por mais que a outra parte demonstre o contrário, o que pode nem ser verdade, o que não é o meu caso, sou ou não sou; quero ou não quero, não existe talvez... Prá mim é sim ou não... Meio termo, posição de ficar em cima do muro não existe em minha vida. Posso até ter um exacerbado jeito de me expor, mas faz parte do meu show, ou seja, cada um tem o seu jeito peculiar e o extravasa de maneiras diferentes; eu amo escrever o que penso da vida, do amor, do que acontece em minha vida particularmente, e como tenho a mania idiota de sempre pensar nos outros antes de mim, sempre sucumbo àquilo que estes necessitam para ficarem felizes ou alcançarem aquilo que necessitam e que eu possa auxiliar, ou renunciar a algo, assim com certeza já serei alguém bem feliz... Minha
personalidade foi construída assim, gradativamente com valores e princípios, vivências e experiências que tive; porém meu caráter é algo nato, naquilo mais fiel do que sou e me orgulho de tê-la assim, pois com ela construo minhas ilusões ou desilusões, meu equilíbrio para que a sensatez seja minha arma primordial. Ao final das contas, viver ainda é a melhor e mais linda aventura... Não me amedronto disso...
By Cris

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Indefinição?

Quem se atreve a descrever o amor? Não existe um conceito definido, a única verdade é que tem que ser recíproco para que não haja tanto sofrer; é cultivar a lealdade, ir além dos requisitos da confiança e respeito. O amor é o bem maior que existe em cada um de nós, independente se é fraterno, filial ou de almas, o que vale é a existência dele, a nobreza e a magia de senti-lo... E ele se expande através de laços que criamos, da nossa família, da capacidade de externá-lo a todos quantos queremos e nos querem bem, e o maior de todos: até a quem NÃO nos quer bem.
Devemos preservar e perpetuar a união das gerações como continuidade de princípios que um dia nossos pais nos ensinaram, a união e seu valor grandioso. Laços de amor confirmados nos sentimentos que fluem de pais para filhos, irmãos, por todos que se aproximarem de nós e que acrescentam mais amor aos nossos corações. O amor realmente é a única coisa que aumenta quando é dividido.
Nossa família, nossas vidas não teriam o mesmo sentido sem a excelência desse sentimento que é a base, o início, o meio e a razão dos nossos dias aqui e transcendem além do fim. Uma vez amor nunca morre; e nesta vida nada trazemos e nada levaremos a não ser o amor que doamos, as lembranças que ficam das atitudes que tivemos, pessoas que por algum motivo fizeram parte de nossas vidas em algum momento e que se eternizam em nossos corações, pois distâcia ou tempo jamais apagará: O amor que sentimos e cativamos!
By Cris

Humildade do Amor

"Amar é divino, maravilhoso...tão bom e gostoso!Amar não é só estar presente, é ofertar liberdade como presente, mesmo tão longe, mesmo tão ausente.Amar não é sentir saudades...amar é sentir vontades, é saber não ser rancoroso, é ficar molhada ao pensar no outro, é sentir prazer no gozo, jorrando vida com muita vontade...Amar é o delirar de sorrisos numa mistura mestiça, numa magia em mistérios, num ritual de feitiço.Amar é tirar do abstrato o maciço, sem se levar à cobiça.Amar não é se anular e nem se vergar submissa.Amar não é o prender, o enjaular...Amar é sempre aprender a soltar, é sentir o prazer no prazer e nunca deixá-lo faltar. Amar é simplesmente, se não amada, saber se afastar. Amar é desarmar...É ficar sempre solta.
Amar é compreender a partida do outro..."

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Olá amados amigos...
Minha vida não se resume a algo irredutível, implacável. Se eu tentar defini-la em todos os ciclos, talvez possa ser incompreendida, até porque estamos todos em profundas e constantes mutações em todas as áreas de nossas vidas. Mas uma das coisas que sei e que jamais irá mudar é a paixão que desde cedo já era evidente: o encantamento pelas letras e por todos os resultados que elas podem causar e a facilidade que sempre tive em transmitir meus pensamentos através das mesmas que, em sua majestade enquanto códigos comunicativos são mais poderosas que muitas mentes clichês e que se julgam incapazes. Talvez eu possa até passar uma imagem de super valorização ou quem sabe me diminuir com meus defeitos e ser confundida como uma narcisa das letras em minhas pretensões... Nada a ver... Meu único desejo é que através daquilo que penso, do que escrevo eu possa acrescentar algo relevante na vida das pessoas, algo que possa ajudá-las em algum momento necessário de suas vidas, pois com estes também sempre aprendo, e quando cometo meus erros, tento refletir com toda força do meu coração para não repeti-los. Com certeza todo discurso será em vão se eu não conseguir viver aquilo que são meus princípios e que tento eternizar no papel, em um site, ou seja, aqui no meu blog. Tenho várias formas e somente uma face; mas tudo dependerá dos valores os quais estão atrás dos olhos daqueles que me observam, e por ser autêntica não faço questão alguma de ser nada daquilo que esperam de mim. Sou o que sou e a partir de determinado momento, aquilo que cada um tem a chance de ler e conhecer, embora repense sempre nas críticas e sou mutável quando sei que é preciso! Cada um terá suas próprias conclusões, mesmo aqueles que nada sabem de mim, mas isso é conseqüência e quero pagar o preço de forma diferente: demonstrando aqui literal e autenticamente minha visão de vida, de amor, família e mundo. Este mesmo mundo informatizado há alguns anos, que instigam os jovens a pensarem menos e plagiar mais, há exceções, claro, mas estes estão muito ocupados em navegar nesse maravilhoso meio que disponibiliza interagir com o universo, mas os priva de conhecer seu próprio potencial. Fiquem à vontade e espero que gostem, pois independente de qualquer coisa serei uma eterna simpatizante da escrita. Beijos e estejam convidados a me seguir, fazer críticas, comentários. Será um enorme prazer...