quarta-feira, 17 de agosto de 2011

ÂMAGO DESNUDO

Hoje quero traduzir meu coração nas entrelinhas. Quero escrever com a tinta da minha alma! Não quero palavras soltas, ao léu, ao vento... Quero traduzir tudo que meu pensamento; em desobediência aos meus princípios; insiste em pensar. Talvez seja pelo simples fato das minhas palavras terem medo de revelar: o obscuro, a fantasia, o inimaginável que cada ser distintamente tem. A negação de necessidades instintivas e que ecoam através do tempo. Tento exprimir aquilo que prá mim é inexprimível, tolhido à essência do que realmente sou. Meus desejos, meus anseios, acontecimentos que me fazem sonhar com o que não vivo e a desigualdade submetida, coisas que fogem de meu controle... Diante disso não consigo expressar o que grita em meu interior, a ânsia de liberdade que ecoa sem ser vista, e pior: sem ser ouvida... Minha essência se perde no eco de meus sonhos, e sei, pode parecer vago e incompreensível, mas é tudo que rejeito e entranha em meus devaneios. Aqui me desnudo, mesmo que parafraseando, em poesia, sem nexo, sem entendimento dos que passam os olhos por aqui e refletem apenas naquilo que suas mentes direcionam. Sou um mistério até para meu próprio eu implorando por atenção, respeito e compreensão daquilo que não sinto mais vontade de ser, de viver... Tentativas para que eu possa me descobrir, nessas palavras insanas, loucas que as revelo aqui... Não precisa ter alma de poeta ou pensar como tal, ou quem sabe ter inteligência além e aquém; não se faz a necessidade do meu pensar ser o pensar de ninguém... Basta apenas me tocar, me sentir abstratamente para me descobrir...Este meu eu oculto, minha forma enigmática na ânsia de sobreviver, sofrer, amar...Incompreensíveis, inenarráveis, indescritíveis... Apenas eu sei...É...Pensar muito dói, e como dói...
By Cris 09/07/2011

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