quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ENFERMIDADE: resignação ou aprendizado

Ao longo de nossos caminhos, vamos nos agregando, nos tornando e o tempo colore com cores diversas; oras alegres, brilhantes; ora tristes, escuras. Assim se define um relacionamento, seja ele qual for, amoroso, maternal, filial, paternal, fraternal e por ai vai. Temos uma família a velhos modos e basicamente numerosa; nela se pode contar desde membros recém-nascidos, infantis, pré-adolescentes e adolescentes, jovens, adultos e todo aparato que uma boa e grande família ‘meio estilo italiana em seus ingredientes conta`, como: muito barulho nas reuniões, discussões sem motivos aparentes algum, conversas paralelas mil ao mesmo tempo, comida farta e boa, diversos tipos de assuntos nada a ver. Família esta que a chamamos carinhosamente do vulgo e popular nossa ~amada família trapo~, e que também com muito carinho temos nossa ansiã, nossa irmã mais velha, que infelizmente há 21 anos perdemos aquela que seria a dona desse posto, nosso elo, nossa mãe . Ali se encontram mãe, filhas, as irmãs, as filhas e filhos das irmãs, netos, genros, noras, cunhados(as), cachorro, papagaio, periquito, ah...e tinha até o Hantaro, isto é, o falecido hamster que tanto amávamos. Óbvio que nenhum ente querido, por mais distante que possa estar, ninguém quer ou aceita a perda de uma pessoa querida, a dor de uma tragédia ou a causada por algum tipo de infortúnio familiar, que seja por algum acidente, uma fatalidade, ou mesmo ainda uma enfermidade que pega a todos no geral de surpresa, e inconformados, revoltados e ainda que essa dor jamais devia ter sido buscada ou provocada, ou mesmo involuntariamente desejada , fica claro que todo sofrimento nada mais é que uma forma de reflexão, de aprendizado, tentar fazer parte da integridade da nossa vida no universo, para que assim possamos ser usados pelo Espírito Santo de Deus, a fim de transformar em nós, conteúdos espirituais indispensáveis ä nossa evolução enquanto seres humanos. Para muitas pessoas a dor sempre é maligna. Mas não o é. Ela pode ser um agente de transformação terapêutica gerando reflexão , quebrantamento ou mesmo o discernimento dos reais valores da vida. Somos seres complexos que necessitamos da conjugação e integração de fragmentos que se formam um todo; ou seja; temos a integração de dimensões diferentes mas que se necessitam simultaneamente, originalmente nessa ordem: corpo, mente e espírito. Temos todos a sinergia de uma essência diferenciada, porém, totalmente integradas e e ordenadas, ou seja, equilibradas, e quando uma dimensão dessa se solta a coesão se esfacela e começam-se a se desorganizar, com o eixo direcionado trocado nessa ordem: mente, corpo e espírito, perdendo assim seu eixo e sua intercomunicação e contato entre as partes, perfazendo o total desequilíbrio. Se aceitarmos tal fato, fica claro porque o sofrimento pode ter um papel terapêutico na vida humana de hoje, apesar de que o primordial enfatizado aqui sejam as mazelas aos quais nossos amados, nossos familiares sucumbem , infalivelmente assim como todos os seres mortais , e em outras palavras, não aceitamos; não admitimos e negamos esse sofrimento. Analisem, para se tratar uma parte do corpo, possa ser que requeira ser tratada como um todo, pois toda causa gera um efeito em cadeia, se a energia desse eixo é reto e equivalente nas três dimensões. Em outros casos, como tento ilustrar em negrito, não há a menor possibilidade ou garantia que se possa dar o mesmo tratamento para as mesmas dimensões ou mesmo corpos, sendo estes em eixos deslocados e não equilibrados, o que quero dizer é, muitas vezes, nosso espírito se encontra mais enfermo que nosso próprio corpo, e este tenha que vir a padecer , pois pode ocorrer de não estarem os dois alinhados entre si. Muitas vezes, a enfermidade nos chega em momentos em que nosso corpo, mente e espírito apenas se tocam, mas não se ligam de uma a outra de modo harmônico, pois muitas vezes há zonas inteiras de desencontros das partes. Mas, voltando lá atrás, enquanto família, movidos pelo amor, enquanto dor emocional; nossa tendência é lutar, proteger, consolar e negar. Nossa família não é clichê e isso é verdade, ela é nossa base, nosso porto seguro, nosso tudo. Então como podemos nos conformar com tal enfermidade, com tal dor? Essa forma terapêutica de ver a dor apenas nos dá uma ideia de visualização do sofrimento terapêutico, mas isenta a intelectualidade em suas respostas a problemática de tanta enfermidade e suas dores, ainda porque o sofrimento é complexo demais para ser assim tão simplificado . Ele só nos tenta auxiliar a tratar nossa dor nem como desgraça, nem como virtude; mas apenas como possibilidades de crescimento e aprendizado da sua própria humanidade racional, independente dos seus. Enquanto família só posso reiteirar que tenho a melhor do mundo, que me paparica, que me protege, que se preocupa (demais até), que cuida e tem zelo por mim tal qual somos todos nós uns com os outros, mas infelizmente para estes que dariam tudo para verem os seus libertos do cativeiro, penso que estou num caminho de uma linha tênue, onde o aprendizado e compreensão estão apenas começando. AMO VOCES TODOS MAIS QUE TUDO MINHA FAMILIA TRAPO.....

Um comentário:

Déa disse...

Oi querida! Dei uma passada aqui ver seu blog. Me adiciona no face: andrea mesquita. Beijos!