sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

UM DIA DE CADA VEZ

Como todos os anos, dezembro é um mês que nos inspira e nos remete em vertentes ambíguas: a conclusão de um ciclo e simultaneamente o novo, o inesperado e desconhecido renovo que um ano vindouro trás, versus a esperança renovada em um ano que situações serão superadas, transformadas e estas nos deixarão apenas com a memória bem guardada de momentos vividos, sejam estes bons ou ruins.
Com toda certeza 2011 foi um divisor de águas em minha existência, quando pensava eu ter vivido tudo que pudesse conhecer em se tratando de experiências para aprendizado e superação, eis a mais difícil de todas: estar doente e conviver com a expectativa de morrer a qualquer momento, uma via de mão dupla que se paro, o carro me acidenta, se corro me acidento sozinha, nada a fazer além de ter fé e seguir o caminho para a cura que todos seguem. Estou tentando viver sem fazer planos, até por que não dá para planejar quando se convive com um CA e também por sermos humanos e oscilar em fé (por mais que esta seja genuína) e desânimo quando o assunto é conosco, na nossa pele. Em algum momento esta será abalada, mesmo que momentaneamente. A impressão é que somos duas pessoas em uma, ora estamos esfuziantes, esperançosos e com força total; ora estamos um farrapo humano a mercê da negatividade e de um sentimento de medo, que em junção escurece tudo a nossa volta, mesmo que seja para que os raios voltem a brilhar com maior intensidade em um próximo momento. Temos que aprender a nunca subestimar esse infeliz que nos atormenta, pois o mesmo é imprevisível em suas surpresas e artimanhas.
Mas enfim, a vida não para, não espera nossas decisões e escolhas para nos surpreender, independente de diagnósticos, e penso que o momento é de agradecimento, de fé, de olhar para trás no que já conquistamos e saber que temos um Deus do impossível e somos mais fortes do que imaginamos, somos bem mais que umas tantas células comprometidas. Não podemos deixar que cesse em nós nossa máquina por falta de manutenção e tentativa de funcioná-la bem. Não podemos simplesmente estagná-la e apenas observar seu curso livre, até por que nossa matéria necessita de uma relevância divina e maior que o simples existir, necessitamos da essência, da excelência e da nobreza que envolve nossas almas e tudo que podemos aprender e transmitir através da dor, do sofrimento e do aprendizado único que é “viver um dia de cada vez”, percebendo a fragilidade que somos nós, enquanto seres humanos e imperfeitos que somos. Impossível saber sem o tentar, mas deliciosamente desafiador e gratificante se saber frágil e vulnerável em nossas condições, mas persistentes, lutadores e fortes nas possibilidades que nós mesmos promovemos. Estamos juntos, esperançosos e confiantes, em nós e em Deus! Com certeza sairemos mais fortalecidos ainda. Duvidas? Eu não. Toda saúde do mundo prá nós em 2012 minha gente!
Muita força, fé e luz de Deus em nossa caminhada!
Bjus
Cris

5 comentários:

O SOL do amanhã... disse...

Cris me vi nessas linhas, o medo e a incerteza me cerca muitas vezes, e em algumas delas demoro a escapar, mas logo vem o abençoado "raio" de luz e me mostra um novo caminho...costumo dizer que o grande problema não é conviver com o câncer, mas superar o medo da morte...
um bjo enorme pra vc, e que venha 2012 com o saco cheio de SAÚDEEEEEEEEEEEE!!!

Thati disse...

Amiga passando pra retribuir sua visita, realmente nesse momento difícil os sentimentos são tão ambíguos, diversos e conflitantes, mas que nos tornam cada vez mais humanos. Beijão e vamos continuar forte.

Jair de Jesus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jair de Jesus disse...

Olá!
Conforme solicitado segue o link para o tutorial imagens no seu blog:
Como postar imagens no BLOGGER.
É sempre um prazer poder ajudar.
Abraços!

Silmara Trindade disse...

Olá Cris!! Terei muito prazer em te seguir!!
Passearei bastante por aqui!!
Um ano novo todo floridinho de Deus pra você! Saúde, paz e amor!
Bjss