quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

ANO NOVO...VIDA NOVA...

A nostalgia e solidariedade chegam juntas nesta época do ano, não que eu concorde com isso, penso que em especial a solidariedade, bem como a empatia, a generosidade e amor ao próximo devem ser uma constante em nossas vidas. Época esta em que a reflexão, o balanço do ano que finda se instala e particularmente (e em junção com essa reviravolta da minha vida) não dá prá isentá-la no que tange meus sentimentos e saudosismos ao qual ela me remete: memórias de tempos felizes que não voltam mais... E de dias de desespero e agonia... Hoje com os ânimos mais calmos percebo o quão bela é a vida e todos os seus momentos, mesmo que estes estivessem até então, digamos, indiferentes prá mim em minha inerte vontade de viver e agora percebo, a força que temos quando pensamos chegar ao fim da linha, quando as adversidades e ineditismos batem à nossa porta, afinal, ninguém espera isso ou é super herói e/ou imortal, todos indistintamente estamos sujeitos a infortúnios do destino, isso é, na verdade negamos essa idéia indubitavelmente, nunca nos irá acontecer aquilo que o vizinho foi acometido! Mas somos seres frágeis, sensíveis e susceptíveis a todo e quaisquer surpresas. E prá muitas delas não existe dinheiro, posição social, raça, fama, forças partidárias e auto- suficientes que solucionem ou dêem um basta. Para estas somos todos iguais e isentos de qualquer socorro em suas ocorrências. Estou com saudade de mim, do que eu era, literalmente... Principalmente abstratamente falando em minha alegria e extravagância, em meu jeito irreverente de ser e agir, em minha humanidade enquanto pessoa (isso é algo que modéstia à parte me orgulho muito de ser) em detalhes que são o diferencial, minha marca registrada e agradável para quem verdadeiramente me conhece, o que havia de melhor e mais importante em mim; pois o físico, o estrago é necessário nessa fase que estou vivendo (é...uma faseeee... e como tal passa logo, logo, se Deus quiser, só não irá passar o que tenho aprendido com essa metamorfose, minhas prioridades, a forma que hoje vejo o mundo, as pessoas), mas posteriormente esse físico é de fácil solução, ou seja, posso até ficar melhor do que eu era, o que não vem ao caso agora, o que me interessa é minha saúde, minha vida. Hoje sei que quando as dificuldades chegam muitas pessoas somem de nossas vidas, mas Deus nos envia outras que são anjos a nos erguer, a somar, a nos mostrar que estas sim, são pessoas que valem a pena . Sei que posso contar com minha família incondicionalmente em sua força e amor e que os amigos que restaram são a prova viva da fidelidade, amor e doação, com estes posso contar sempre, e de antemão, agradeço às pessoas especiais que encontrei aqui, e mesmo sem nunca ter sequer me visto ao vivo, não teem idéia do quão importantes teem sido em minha vida nesse momento tão difícil, que o Senhor possa os abençoar sempre...Descobri uma tremenda força em mim a qual não conhecia e esta irá direcionar meus sonhos, como uma amiga escreveu: “cada um de nós sofre inevitavelmente derrotas temporárias, de formas diferentes e em ocasiões diversas, mas cada adversidade trás consigo a semente de um benefício”. Hoje sei o que significa a palavra VIDA, (esta mesma que eu estava fazendo pouco)e mesmo contra o tempo e expectativas; ela nunca mais será a mesma, mas com certeza melhor em todos os sentidos. Sei que deparei com o pavor autêntico da morte, mas coube a mim correr ou enfrentá-la...E optei lutar a favor da vida e contra a morte com toda força que o Senhor tem me dado e com o apoio de todos vocês que, de uma forma ou de outra, fazem com que eu tenha saudades desses tempos bons, mas são nestes tempos de lutas, dores e incertezas que tenho encontrado o verdadeiro mistério da vida: O MEDO DE PERDÊ-LA!
Meu muito obrigada a cada um de vcs! Eu os amo muito!
UM ANO REPLETO DE MUITO AMOR, PAZ, BENÇÃOS E MUITA SAÚDE À TODOS NÓS!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

ENTÃO É NATAL...OH, OH, OH

É incrível como em toda situação a aparência é determinante! Quando vislumbramos algo ou alguém, o que nos vem em mente são apenas as formas, o aspecto físico e a materia que o envolve, o conjunto visível aos nossos olhos nus e crus, ou seja, se não estamos farrapilhos, descaídos, debilitados, desdeixados com nosso corpo e nossa imagem, um bagacinho humano, ou com aspecto de necessidade de urgência, certamente estamos mais que bons, imunes a qualquer seqüelas. Viver com um acontecimento inesperado e letal nos leva a ter diversos sentimentos nunca antes vividos, e menos ainda sabidos por alguém que não o tenha experimentado. Expectativas a desejar, impotência diante dos sonhos que ficaram no meio do caminho, frustração pela vontade de ter desenvolvido tantos projetos que só ficaram nos sonhos e no desejo. Pés e mãos atadas e pior, não sabemos onde começa nossa responsabilidade e onde termina a falta de condições, se é que as tivemos em nossas limitações e bitolação de pensamentos constantes de um mesmo foco: essa doença intrusa da qual acordamos e dormimos imaginando os próximos acontecimentos. Concluindo: mobilização total da vida em si em todas as suas áreas e muitas vezes a cobrança e incompreensão de muitos que, inerentes à situação, ou quem sabe, talvez até como forma de ajuda, de apoio moral ou querendo nos levantar com otimismo, nos colocam prá pensar aquilo que menos estamos precisando em nossos momentos. Não resolve colocar a gente na parede prá se ter um alto astral, por exemplo, quando estamos com dores físicas (a dor emocional, psicológica, essa parece constante, e a gente lutando, e sorrindo, e deixando parecer cem por cento do tempo que tá tudo bem, prá nós mesmos e prá quem nos rodeia), mas a verdade é que não somos robôs programados e acéfalos, temos sentimentos, oscilações de humor, instantes de desespero. Desculpem o desabafo, mas acho que tenho o direito de querer urrar às vezes, querer chutar o balde, dar birra igual criança. Depois passa e volto ao normal, mas pensando bem, é tempo de natal e ninguém merece ficar aqui lendo minhas lamúrias, vocês merecem sim, que o desejo mais profundo do meu coração entre em sintonia para que fluidos de bons presságios, de energia positiva alcance cada um de vocês, juntamente com suas famílias, e possa fazer diferença enviando luzes impregnadas de muita paz, muito amor, muitas bênçãos e principalmente muita saúde prá todos...Obrigada a cada um de vocês que fazem minha vida mais doce e assim tenho forças para seguir em frente, vencendo uma a uma as barreiras..
FELIZ NATAL...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

UM DIA DE CADA VEZ

Como todos os anos, dezembro é um mês que nos inspira e nos remete em vertentes ambíguas: a conclusão de um ciclo e simultaneamente o novo, o inesperado e desconhecido renovo que um ano vindouro trás, versus a esperança renovada em um ano que situações serão superadas, transformadas e estas nos deixarão apenas com a memória bem guardada de momentos vividos, sejam estes bons ou ruins.
Com toda certeza 2011 foi um divisor de águas em minha existência, quando pensava eu ter vivido tudo que pudesse conhecer em se tratando de experiências para aprendizado e superação, eis a mais difícil de todas: estar doente e conviver com a expectativa de morrer a qualquer momento, uma via de mão dupla que se paro, o carro me acidenta, se corro me acidento sozinha, nada a fazer além de ter fé e seguir o caminho para a cura que todos seguem. Estou tentando viver sem fazer planos, até por que não dá para planejar quando se convive com um CA e também por sermos humanos e oscilar em fé (por mais que esta seja genuína) e desânimo quando o assunto é conosco, na nossa pele. Em algum momento esta será abalada, mesmo que momentaneamente. A impressão é que somos duas pessoas em uma, ora estamos esfuziantes, esperançosos e com força total; ora estamos um farrapo humano a mercê da negatividade e de um sentimento de medo, que em junção escurece tudo a nossa volta, mesmo que seja para que os raios voltem a brilhar com maior intensidade em um próximo momento. Temos que aprender a nunca subestimar esse infeliz que nos atormenta, pois o mesmo é imprevisível em suas surpresas e artimanhas.
Mas enfim, a vida não para, não espera nossas decisões e escolhas para nos surpreender, independente de diagnósticos, e penso que o momento é de agradecimento, de fé, de olhar para trás no que já conquistamos e saber que temos um Deus do impossível e somos mais fortes do que imaginamos, somos bem mais que umas tantas células comprometidas. Não podemos deixar que cesse em nós nossa máquina por falta de manutenção e tentativa de funcioná-la bem. Não podemos simplesmente estagná-la e apenas observar seu curso livre, até por que nossa matéria necessita de uma relevância divina e maior que o simples existir, necessitamos da essência, da excelência e da nobreza que envolve nossas almas e tudo que podemos aprender e transmitir através da dor, do sofrimento e do aprendizado único que é “viver um dia de cada vez”, percebendo a fragilidade que somos nós, enquanto seres humanos e imperfeitos que somos. Impossível saber sem o tentar, mas deliciosamente desafiador e gratificante se saber frágil e vulnerável em nossas condições, mas persistentes, lutadores e fortes nas possibilidades que nós mesmos promovemos. Estamos juntos, esperançosos e confiantes, em nós e em Deus! Com certeza sairemos mais fortalecidos ainda. Duvidas? Eu não. Toda saúde do mundo prá nós em 2012 minha gente!
Muita força, fé e luz de Deus em nossa caminhada!
Bjus
Cris

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Depois de câncer de mama, alemã procura resgatar a sensualidade em ensaio

Poucos dias antes de completar 40 anos, a alemã Uta Melle ganhou um presente de grego. Soube que teria de extirpar os dois seios, por conta de um câncer de mama.
Logo veio a dúvida: "Será que vou deixar de ser sexy?". Teve certeza que não ao consultar o marido, um publicitário bem-sucedido que a presenteou com um quadro de uma guerreira amazona que cortara o próprio peito para usar melhor o arco e a flecha.

Animada com o desenho, Uta partiu para um projeto singular: fotografar mulheres com histórias semelhantes. O trabalho rendeu um livro de arte e a exposição fotográfica "Amazonas". São mulheres nuas, e a ideia é incomodar.
A exposição já percorreu três cidades alemãs e pode ser vista até meados de outubro em Viena. Nas fotos, 19 mulheres, entre 30 e muitos e 50 e poucos anos, estão nuas ou seminuas. Muitas, em poses sensuais. Em comum, os sinais da batalha contra a doença: algumas têm um único seio, outras próteses, outras apenas cicatrizes no colo. Como Uta.

Publicitária que deixou o mercado, a alemã virou uma espécie de ativista da causa, lutando contra o preconceito e a favor de mais verbas para pesquisa. "Aqui, a doença ainda é um tabu. Os alemães não suportam ver cicatrizes nem mutilações. Acham que é sinal de derrota. Trauma de duas guerras mundiais", diz Uta.
Ela não conseguiu patrocínio, mas ganhou espaço para a mostra: o Stilwerk, templo de lojas de design. Em Berlim, mais de mil pessoas visitaram a exposição em duas semanas.
Mas houve quem não gostasse. Dois homens fizeram questão de ver tudo, só para detonar o projeto para ela. "Eram idiotas. A verdade é que muita gente não quer se confrontar com seu próprio medo", dispara a alemã.
O jornal de esquerda "Junge Welt" publicou um artigo dizendo que o livro não fazia uma abordagem séria do assunto. Já o tabloide "Bild", que vende milhões de exemplares por dia e costuma ostentar fotos de mulheres nuas e opulentas na capa, reagiu com simpatia, embora alguns leitores tenham feito comentários pouco gentis.

ANJO TATUADO
No ensaio para a revista "Stern", feito logo depois da cirurgia, Uta aparece vestida de Madonna, de David Bowie e de anjo. Um querubim só com asas, cicatrizes, uma tatuagem na barriga e nada mais.
A alemã Uta Melle em ensaio para a revista 'Stern' feito logo após cirurgia de retirada de mama
"Um rapaz viu minhas fotos e disse que as achava eróticas. Mas que se sentia um perverso por isso", diverte-se.
Com sua beleza andrógina, as fotos bombaram na internet. E ajudaram Uta a recrutar as 18 mulheres para o ensaio fotográfico das amazonas, feito num estúdio em Berlim.
O ensaio é clicado por duas fotógrafas alemãs, Esther Haase, profissional com vários trabalhos internacionais, e Jackie Hardt, ex-modelo que passou para o lado de trás das lentes.
Nele, as mulheres aparecem vestidas de guerreiras ou em cenas de protestos, com cartazes na rua.
Toda essa pose de poder tem um fundo de melancolia. "É um tema muito delicado, que mistura o medo da morte ao da perda da feminilidade", diz Uta.
Ao saber do diagnóstico, suas filhas, hoje com oito e 11 anos, ficaram dois dias sem lhe dirigir a palavra. "Fiquei mal, mas entendi que elas precisavam de um tempo", diz a Uta mãe.
Na mesma época, ela resolveu postar no Facebook uma espécie de diário do tratamento, com detalhes da quimioterapia e da operação.
Foram mais de 300 fotos, com pequenos comentários. Houve quem aplaudisse. Mas alguns amigos ficaram chocados. Era mais informação do que eles precisavam.
Para a alemã, compartilhar seus problemas é como exorcizar demônios. Aos 14 anos, quando descobriu que tinha epilepsia, reuniu amigos na escola e contou o que eles deveriam fazer para ajudá-la em caso de emergência.

"Isso me ajudou a evitar o assédio moral. Se é para apontar meus pontos fracos, que seja eu mesma."

NUA NOS LAGOS

Como muitos alemães, ela sempre tomou banho de Sol e mergulhou nua nos lagos. Depois da cirurgia, não mudou o velho hábito. As pessoas reparam, mas Uta não abre mão de se bronzear nua.
"As crianças são sempre mais fáceis de lidar. Elas perguntam, eu explico. Mas os adultos reagem de um modo estranho, muitos fingem não ver." Quando ela entra para fazer ginástica, tem gente que disfarça e sai da academia.
Apaixonada por esporte, Uta não entende o culto ao corpo. Nem o pudor das brasileiras. Ao visitar as praias do Rio, há uns quatro anos, ficou surpresa com o uso da parte de cima do biquíni.
"A gente sempre imagina a nudez como algo natural no Brasil. Mas as mulheres aí não mostram o peito", diverte-se, entre um gole e outro do expresso no Café Kollberg, em Prenzlauer Berg, bairro badalado de Berlim onde mora.
Sem maquiagem, sorridente, simpática, ela fala sem parar. Mas uma certa palidez na pele denuncia que sua recuperação ainda está em curso.
Vestida com uma calça de couro preta e uma blusa de gola rulê colada ao corpo, Uta conta que, no início do tratamento, jogou metade do guarda-roupa fora. Especialmente, os vestidos decotados e as blusinhas marcadas no busto.

"Fiquei um tempão procurando meu novo estilo." Encontrou. Hoje, compra as peças que usa na seção infantil de grandes magazines.
Uta ainda sente saudade dos seios. Mas já resolveu: não vai colocar prótese de jeito algum. Está convencida: ainda pode ser sexy.
Ela hoje acha que também pode fazer piada do infurtúnio: "Pelo menos, meus peitos não podem mais cair".

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/980177-depois-de-cancer-de-mama-alema-procura-resgatar-a-sensualidade.shtml

Obrigada minha miguinha Sol, por ter concedido esse texto tão lindo, exemplo de superação e aceitação. bjus

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

REFLEXÃO SOBRE NOSSO VALOR

"A Terra gira em sua órbita por você.
Nos oceanos, a maré sobe e desce por você.
Os pássaros cantam por você.
O Sol nasce e se põe por você.
As estrelas surgem por você.
Cada coisa bonita que vê,
cada coisa maravilhosa que vivencia,
todas estão aí, por você.
Olhe ao seu redor.
Nada disso poderia existir sem você.
Não importa quem você pensou que fosse,
agora sabe Quem Realmente É.
Você é o senhor do Universo.
Você é o herdeiro do Reino.
Você é a perfeição da vida.
E agora conhece o Segredo.
Que a alegria esteja com você!"

Trecho extraído do livro "The Secret" = O Segredo

Meus amados amigos, se tudo conspira anosso favor, deixemos que nossa mente nos leve
aos nossos mais profundos desejos, com otimismo, crendo nessa nossa força e na força divina de um Deus do impossível, com certeza tudo poderemos.
Bjus carinhosos em seus corações..
Cris

sábado, 10 de dezembro de 2011

DIAS FELIZES CHEGARAM..

Fiz ontem minha segunda quimio e é uma satisfação enorme fazer a contagem regressiva da mesma. Graças à Deus tudo até agora está normal, mas que eu não me engane, sempre uma coisinha aqui ou ali acontece, os tais “defeitos colaterais”. As picadas são tantas que até já estou me acostumando e minha veia agora deu para arrebentar, levei quatro furadinhas ontem e uma delas deixou minha mão imensa, depois deu tudo certo. Conheci mais pessoas, mais histórias de luta e perseverança, de fé e superação. A cada dia me convenço que realmente viver um dia de cada vez é o que é de mais importante, pois com câncer ou sem ele, quando Deus nos quer ele não manda recado, não escolhe hora, e agradeço a esse Pai maravilhoso que tem me dado tanta força, me feito superar tanta dor, sofrimento e medos e que tem me dado a oportunidade de através da dor conhecer pessoas tão maravilhosas. Não posso deixar de enfatizar o quanto tenho sido abençoada com meus amigos, meus filhos, familiares e um esposo que nem tenho como agradecê-lo por tanto carinho, dedicação e paciência; meu companheiro que está comigo em todos os lugares, que segura minha mão e me consola, me anima nos piores momentos, que se desdobra em cuidados e tem deixado a própria vida prá cuidar de mim, demonstrando o quanto me ama, e isso amigos, é essencial, primordial em nossas vidas: o amor daqueles que amamos. Hoje estou especialmente feliz, depois de uma semana da nova cirurgia estou bem, sem dor, ainda sem efeito nenhum da quimio e ainda por cima fui surpreendida por duas amigas amadas mais esposo e filho que fez meu dia gratificante me fazendo uma visita, queria postar fotinhas aqui, mas não sei como fazer. Me esqueci de contar também que meu bebê mais velho, minha filha que ainda com dezesseis anos passou no vestibular, aliás em dois e agora, como coisa típica da idade, está na dúvida se faz odonto ou direito, claro, uma dádiva desta nesse turbilhão de emoções que ando vivendo é algo prá mamãe coruja aqui babar de orgulho né? E vou vibrar muito se Deus quiser na formatura dela, do meu outro filhote que logo, logo toma o mesmo caminho. Enfim amigos, temos dias muito difíceis convivendo com esse drama, mas a vida ainda é muito valiosa e é a mais bela aventura prá quem tem coragem de lutar a favor dela.
Bjus no coração de cada um de vocês que fazem meus dias melhores e mais felizes.

domingo, 4 de dezembro de 2011

ALEGRIA À BRASILEIRA MESMO

“Joie vivre”, ou seja: ‘alegria de viver’; é como me sinto diante de cada etapa difícil, dolorosa e incerta a qual estou vivendo nos últimos dias e meses, enfim a cada dia que não sinto dor, nada de anormal acontece, agradeço a Deus e reafirmo mais que nunca essa alegria de viver pelo simples significado de acordar, abrir os olhos e ver meus filhos, minha família, o fato de respirar esse ar magnífico que emana e me entra nas vias respiratórias evidenciando a vida. Estive afastada daqui, não por não sentir falta e saudade ou não ter o que escrever, mas pelas circunstâncias as quais vivi ultimamente, que já se arrasta há dois meses. A infecção bacteriana, depois de tanto insistir em torturar meu corpo, meus dias e noites foi bloqueada, meu médico tentou em vão segurar para que não necessitasse retirar o expansor, porém com isso, infalivelmente houve a necessidade de suspender as químios, e simultaneamente atrasando o meu tratamento, que prá mim é o primordial. Chegamos juntos à conclusão que devia ser retirado o mais rápido possível, uma vez que abriu-se uma cratera que se assemelhava com um olho, tendo um círculo no meio de gordura amarela, algo horrível de se ver. Anteontem, dia 02 de dezembro sucumbi a mais uma cirurgia, uma agonia desesperadora antecedente que logo após a execução da mesma trouxe-me um alívio divino e imediato. Agora, mais uma vez em repouso e aguardando a liberação para as químios, sem minha mama direita mas feliz por estar depois de dois meses não sentindo o incomodo e desconforto de dores ininterruptas, a não ser a do corte, o que é ínfimo diante das dores a que me refiro. Mas como uma amiga blogueira definiu e enfatizou, admiro muito minhas amigas aqui que vivem esse drama e conseguem ainda transmitir otimismo e sentimentos ‘zens’ diante de seus infortúnios com a doença, mas confesso amigos, tenho narrado aqui fielmente as agruras que tenho vivido, e embora por momentos mínimos e na frente das pessoas que amo esteja sempre tentando um sorriso amarelo, uma força que por muitas vezes nem sei se existe ou de onde terei que tirar, não posso definir essa etapa como algo que tiro de letra, que não me atinge. Uma confusão de sentimentos dos mais variados se instala em minha mente, um montão de dúvidas e medos, interrogações diversas, desesperanças que não teem como ser controladas, pelo menos eu não consigo, mesmo estando orando, com a Bíblia na mãos, as vezes fraquejo e me sinto a mais vulnerável e frágil das criaturas, alguém digna de ser carregada no colo de tão perdida, triste e desesperada. Mas ainda bem que passa, que chegam dias tranqüilos, apesar de que já fico na retaguarda, esperando o próximo episódio. Acho que muitos irão se identificar com isso, e espero de coração que muito em breve eu esteja escrevendo aqui mais esperanças, e a respeito da minha vitória, daí com certeza, voltarei com meus textos normais, a respeito daqueles que até agora sempre havia colocado antes de mim, o ser humano e suas polêmicas. Mas fazer o que, meus textos dependem dessa paz, dessa tranqüilidade que tem que existir em mim, e no momento sou a estrela da vez, rsrsrsr, torta, mas sou. Obrigada a todos vocês meus anjos amados que me inspiram através de seus exemplos, suas informações, seu carinho, enfim da humanidade de cada um que passa por aqui, e sei, deixam um pouquinho de si e levam um pouquinho de mim. Espero que mesmo minhas lamentações e experiências vividas, sejam alertas e aprendizado para quem passar os olhos por aqui. Adoro vocês, e que o Senhor derrame do Seu bálsamo sobre cada um de nós.
Bjus em seus corações!